A segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) deve apresentar queda na abstenção dos candidatos, afirmou neste domingo (5) a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck. Segundo ela, o menor número de inscrições e de vagas neste ano contribuiu para que o público fosse mais especializado e engajado.
“Apesar de ter tido menos inscrições, são mais de 761 mil inscritos, a gente tem uma expectativa que o comparecimento proporcional será maior. Quase 600 mil pessoas acessaram o cartão de confirmação, portanto olharam o seu local de prova”, declarou a ministra. “A nossa expectativa é que o número de comparecimento seja próximo a isso. Na verdade, são 565 mil que acessaram o cartão e devem comparecer.”
Em 2025, o CNU registrou 761.528 inscrições para 3.652 vagas em 32 órgãos federais. Caso os percentuais de acesso ao cartão de prova se confirmem, a abstenção deve ficar em torno de 25%, uma queda significativa em relação à primeira edição, que registrou 2,1 milhões de inscritos e 970 mil comparecimentos, resultando em 54,12% de abstenção.
Durante visita a um centro universitário na Asa Norte, em Brasília, onde 7.068 candidatos farão a prova, a ministra atribuiu a redução de inscrições à menor oferta de vagas e ao fim do efeito novidade do concurso unificado. “O primeiro ano foi uma grande novidade. Não havia concurso dessa dimensão há mais de dez anos no Brasil”, explicou.
Segurança do concurso
A ministra também garantiu que a segurança do certame está reforçada. Ela destacou que a operação da Polícia Federal, que desmantelou na semana passada um esquema de fraudes na primeira edição do CNU e em concursos estaduais, foi resultado da cooperação entre o ministério e órgãos federais.
“Quem fizer a prova de forma honesta e passar poderá entrar. Não deixaremos ninguém que fraudou roubar vagas”, afirmou Dweck. Dos seis candidatos investigados, três foram eliminados da segunda edição do concurso, enquanto os outros três aguardam decisão judicial para confirmação da exclusão.
Próximas edições
A ministra também informou que não haverá uma nova edição do chamado “Enem dos Concursos” em 2026, já que a proposta orçamentária do próximo ano não prevê novas seleções. Apenas recursos para convocar excedentes de candidatos de 2024 e 2025 poderão ser destinados a órgãos do Poder Executivo Federal.