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quarta-feira, 8 de outubro, 2025
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Deputado de MS poderá ser suspenso por impedir o funcionamento da Câmara

O deputado federal Marcos Pollon (PL) é alvo de um processo disciplinar do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. O procedimento foi instaurado nessa terça-feira (07), além dele, também estão sendo investigados os parlamentares Marcel van Hattem (Novo-RS) e Zé Trovão (PL-SC).

Agora, o presidente do órgão, Fabio Schiochet (União-SC), ainda terá de escolher os relatores dos casos e, apenas depois disso, começam a contar uma série de prazos. Os três deputados poderão ter a suspensão dos mandatos por cometerem os mais graves comportamentos da paralisação.

A paralisação, no caso, ocorreu em agosto, quando um grupo de deputados de oposição ocupou o plenário principal da Câmara por mais de 30 horas para impedir o funcionamento da Casa, em uma ação que tentava impor a análise de propostas e protestar contra a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Na ocasião, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), somente conseguiu retomar os trabalhos da Casa na noite do dia 6, após uma série de reuniões e negociações com a base governista e aliados do ex-presidente, condenado por tentativa de golpe de Estado.

Um procedimento contra Marcos Pollon por ofensas ao presidente da Câmara caminhará de forma separada. Os potenciais relatores são: Castro Neto (PSD-PI), Moses Rodrigues (União-CE) e Ricardo Maia (MDB-BA).

Segundo a corregedoria, Marcos Pollon impediu deliberadamente o acesso de Hugo Motta à mesa de comando do plenário e “obstou o exercício pleno das prerrogativas presidenciais”, conduta que, para a cúpula da Câmara, deve ser penalizada com um mês de suspensão.

Na segunda queixa, a corregedoria argumenta que o parlamentar difamou Hugo Motta em uma manifestação em 3 de agosto. Em uma das falas, o órgão afirma que Pollon “zombou fisicamente” do paraibano ao se referir a ele como “um baixinho de um metro e sessenta”.

“Ato de afronta não apenas à pessoa do presidente, mas à própria dignidade da Casa que ele representa, em clara violação do decoro que deve reger a atuação parlamentar”, diz. Membro do Conselho de Ética, Pollon poderá ser afastado até o final da apreciação.

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