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sábado, 25 de outubro, 2025
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Prefeitura da Capital reafirma estar em dia com o Consócio Guaicurus e aplicará sanções em caso de greve

Alvo de questionamentos desde a quarta-feira (22), quando houve a paralisação dos motoristas de ônibus, a Prefeitura de Campo Grande reafirmou, nesta sexta (24), em coletiva de imprensa, que está rigorosamente em dia com seus compromissos financeiros referentes aos custeios e subsídios do transporte público.

manifestação dos trabalhadores do Consórcio Guaicurus teria sido motivada pelo atraso no repasse da Prefeitura ao coletivo de empresas de viação que administra o serviço público, pelo menos, foi o que alegou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo e Urbano de Campo Grande (STTCU), Demétrio Freitas, em um vídeo.

O Município já tinha divulgado uma nota contestando a informação. Nesta sexta-feira, a secretária municipal de Fazenda, Márcia Hokama, declarou que disponibilizou mais de R$ 2,3 milhões em repasses ao Consórcio somente nos últimos dias. “Estamos fazendo a nossa parte. Esperamos que o Consórcio cumpra com a parte dele”, disse.

Sobre a possibilidade de uma greve geral a partir da segunda-feira (27), o diretor-presidente da Agereg, José Mário Antunes, adiantou que novas interrupções estão passíveis de multas e outras sanções. “Nosso compromisso é com o cidadão. Caso haja descumprimento contratual, todas as medidas cabíveis serão adotadas”.

“Tomaremos todas as posições legais de imediato para evitar que a população fique desassistida”, completou o diretor-presidente da Agetran, Paulo da Silva, citando que o custeio do serviço é tripartite, envolvendo a sociedade, por meio do pagamento de passagens, e subsídios.

A paralisação

Prefeitura da Capital reafirma estar em dia com o Consócio Guaicurus e aplicará sanções em caso de greve
Foto: PMCG

Os motoristas do Consórcio Guaicurus, coletivo de empresas de viação que opera o sistema de transporte público em Campo Grande, fizeram um protesto de cerca de uma hora na manhã da quarta-feira, atrasando a saída dos ônibus das garagens e deixando dezenas de passageiros esperando nos terminais e pontos de embarque.

“O Consórcio comunicou que não vai conseguir honrar o pagamento do vale. Segundo eles, não têm dinheiro porque a Prefeitura está deixando de pagar repasses em atraso. Com isso, repassaram para a gente que não vai pagar hoje e não informaram a data. Tomaremos as medidas necessárias para que todos recebam quanto antes”, disse Demétrio Freitas.

Sobre os repasses, os vereadores identificaram atrasos de quatro meses nos valores relativos ao passe do estudante por parte dos Executivos Municipal e Estadual, totalizando um montante de aproximadamente R$ 9,5 milhões, o que atrasou o pagamento do vale dos funcionários do Consórcio Guaicurus, culminando na paralisação.

“O Consórcio notificou a falta de repasses em setembro e outubro, e todos os documentos foram encaminhados pela Casa às autoridades competentes, como Ministério Público, Prefeitura e Governo do Estado. Vamos pedir uma reunião com a prefeita, o consórcio e o sindicato, porque o cidadão não pode continuar sendo penalizado”, disse Papy.

Ainda segundo o presidente do Sindicato, a paralisação foi apenas para pressionar o Consórcio Guaicurus a efetuar o pagamento do vale, caso não ocorra, uma assembleia-geral será organizada nos próximos dias para debater a paralisação total. “Provavelmente na segunda-feira, dia 27, não tenha ônibus durante o dia inteiro”, disse Demétrio.

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