Em agenda pública na cidade de Dourados na manhã desta segunda-feira (27), o governador Eduardo Riedel (PSDB) chamou de criminosa a invasão e ocupação de uma fazenda particular realizada por um grupo de indígenas em Caarapó, no último final de semana.
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“Aconteceu que um pequeno grupo, aliciado por interesses que não têm nada a ver com questões indígenas, invadiu de forma criminosa e a polícia está investigando. Eu pedi urgência nesse processo para apurar a responsabilidade. Esse grupo atua sob o comando de alguém, sob o financiamento de alguém, e é esse alguém que estamos atrás”, disse.
O chefe do Executivo Estadual adiantou que, apesar do episódio, as políticas públicas para as populações indígenas não serão afetadas. “A ordem vai permanecer nesse Estado e a ação pelas populações indígenas também para melhorar cada vez mais a qualidade de vida em todos os aspectos de cidadania”, garantiu.
Também presente no evento, o ministra do Planejamento, Simone Tebet, citou que o Governo Federal acompanha o caso e que “não é conivente com nenhum tipo de crime”. A Justiça Federal de Dourados determinou que a Polícia Militar atue na área de litígio entre indígenas e fazendeiros em Caarapó para evitar conflitos.
A ocupação

A invasão da fazenda ocorreu na manhã de sábado (25), quando pelo menos 30 indígenas guarani-kaiowá renderam o funcionário e atearam fogo na sede e no maquinário. Equipes do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) atenderam a ocorrência e conseguiram retirar os invasores da propriedade.
O CIMI (Conselho Indigenista Missionário) soltou uma publicação nas redes sociais dizendo que uma jovem de 17 anos teria sido sequestrada e que, imediatamente, a suspeita recaiu sobre funcionários da fazenda ocupada. “A jovem acabou sendo resgatada na sede da fazenda. Revoltados, os Guarani e Kaiowá decidiram não mais sair do local”, cita.
Nesta segunda-feira (27), A tropa de choque da PM chegaram ao local para garantir o reforço no policialmente, conforme determinação da Justiça Federal. O CIMI também disse à imprensa que está recorrendo da decisão, pois não consta a reintegração de posse da fazenda invadida, cuja área é reivindicada pelos nativos como sendo de retomada.











