22.8 C
Campo Grande
sábado, 1 de novembro, 2025
spot_img

Eduardo Riedel critica politização e cobra integração para combater facções

Em entrevista à imprensa nessa sexta-feira (31), o governador Eduardo Riedel (PP) declarou que a segurança pública precisa de integração entre estados, União e as forças policiais. O chefe do Executivo Estadual ainda mencionou que este debate não deve ser politizado, como se tornou ao longo dos últimos anos.

“A gente não pode politizar essa discussão. Precisamos discutir de forma prática. Temos um problema seríssimo de segurança pública no país. O mais importante é a capacidade das polícias e das inteligências se articularem em conjunto, com apoio da União”, destacou, durante a sua participação em uma agenda pública na Capital.

Ontem (30), ele esteve no Rio de Janeiro em uma reunião com outros governadores para discutir os resultados da megaoperação realizada em áreas de favelas daquela capital que resultou na morte de 121 pessoas, incluindo quatro policiais militares e civis. “É muito triste e lamentável que a gente tenha chegado a esse ponto”, disse.

Eduardo Riedel ainda comentou que o Estado está ausente de diversas comunidades. “O governador Cláudio Castro decidiu retomar esses territórios, mas isso precisa vir junto com educação e oportunidade. Não basta uma ação isolada”. Ele ainda destacou que o problema da violência não está restrito a grandes capitais e está se espalhando para fronteira.

Respondendo perguntas dos jornalistas, o governador afirmou que o Presídio Federal de Campo Grande vem recebendo um número crescente de líderes de facções criminosas. Em relação à PEC da Segurança, disse não ver resistência à proposta e defendeu que ela pode fortalecer a articulação institucional.

O texto prevê a constitucionalização de um sistema unificado de segurança pública e regras de cooperação entre os entes federativos. Riedel, porém, criticou como está sendo tratada a PEC, com contornos eleitorais. “Você é de oposição, é contra. Da situação, é a favor. Se aprovar, não muda a nossa vida, apenas constitucionaliza uma política pública”.

Segundo ele, combater as facções exige um conjunto de políticas públicas integradas, com educação, inclusão e geração de renda. “Não tem como você apertar o cerco e não ter educação, não ter inclusão, não ter oportunidade de emprego e renda. O enfrentamento tem que ser feito, mas sem perder de vista essas políticas”, acrescentou.

Fale com a Redação