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sábado, 1 de novembro, 2025
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Marketing da humildade: após 26,7% de aumento, Adriane Lopes corta 20% do salário para economizar

Duramente criticada pela população pela falta de ações que buscam melhorar as condições de infraestrutura urbana e investimentos maiores nos setores básicos como saúde, educação e segurança pública, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), agora está apelando para o ‘marketing da humildade’, transparecendo para o público que também sofre com as péssimas condições financeiras da Prefeitura Municipal.

Nessa sexta-feira (31), em reunião com a equipe administrativa, anunciou que cortará em 20% o próprio salário e dos secretários do chamado ‘primeiro escalão’. Adriane Lopes recebe, sem atrasos, R$ 26.943,05 todo mês pelo serviço de prefeita. Com o desconto de 20%, passará a ganhar apenas R$ 21.554,00.

O percentual de redução adotado pela gestora é bem menor que o aumento recebido em abril deste ano, de 26,7%. Até então, o salário fixo da prefeita era de exatos R$ 21.263,62. Ou seja, mesmo com o corte aplicado hoje, ela continuará ganhando um pouco mais do que antes do reajuste.

Já no caso da vice-prefeita Camilla Nascimento Oliveira (Avante) – sim, Campo Grande tem uma pessoa no cargo de vice-prefeita – o reajuste aplicado foi maior, de 48,2%, passando de R$ 15.947,03 para simbólicos R$ 22.334.53. Agora, com os 20% a menos, só ganhará R$ 17.867,20, mas ainda sim terá 12% a mais do que recebia no pós-posse.

Outros beneficiados com o reajuste de abril, os secretários municipais saltaram seus vencimentos de R$ 11.619,70 para R$ 19.028,90, ou seja, 63,76% de reajuste, mas agora irão receber apenas R$ 15.222,00, ficando com 31% a mais do que antes. Importante destacar que a redução é valido por apenas 120 dias, de novembro até fevereiro.

Outra medida

Também por reflexo da falta de dinheiro no caixa, a prefeita Adriane Lopes anunciou outra medida para tenta reduzir os gastos públicos. Trata-se da jornada de trabalho dos servidores, que passará agora a ser de 6 horas diárias em todas as repartições, exceto nas escolas, unidades de saúde e demais setores de serviços essenciais.

Além disso, cada secretaria municipal terá que apresentar nos próximos dias um plano de redução de 20% nos custos com folha de pagamentos. A princípio não será feito ajuste linear, ou seja, que impacte todos os servidores, levando-se em conta as necessidades específicas das diferentes pastas.

As medidas integram mais uma etapa da reforma administrativa, em curso desde janeiro deste ano, visando o reequilíbrio financeiro e a recuperação da capacidade de investimento do município. “Por força de limites legais, para preservar empregos, manter salários em dia, assegurar a prestação dos serviços públicos e viabilizar investimentos nas áreas prioritárias”, justificou a prefeita.

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