Compositoras e músicos transformam bioma em nove peças musicais, em homenagem à fauna, às águas e à preservação ambiental
Um projeto que nasce do som e ecoa como arte. O “Pantanal Jam – Sons do Pantanal de Mato Grosso do Sul” transforma a paisagem sonora viva da maior planície alagável do planeta em jazz contemporâneo, unindo música, natureza e consciência ambiental.
Inspirado pela biodiversidade e pela força simbólica do Pantanal, reconhecido pela Unesco como Patrimônio Natural da Humanidade, o projeto é resultado de um ano de imersão e pesquisa de campo. Os músicos captaram o som do vento, o canto das aves, o movimento das águas e os vocalizes de animais, transformando tudo isso em nove composições autorais.
O álbum é interpretado pelo grupo instrumental Urbem — formado por Gabriel Basso, Ana Ferreira, Bianca Bacha e Sandro Moreno — e conta com a participação especial do trombonista nova-iorquino Ryan Keberle, referência mundial no jazz contemporâneo. Gravado no coração do Pantanal sul-mato-grossense, o trabalho dá voz ao próprio bioma, convertendo o ambiente natural em parceiro criativo. “O jazz é diálogo e improviso. Aqui, esse diálogo se expandiu: passamos a tocar com o Pantanal”, define um dos integrantes do Urbem.
A iniciativa foi inspirada em pesquisas da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e da Universidade de Harvard, que vêm registrando os sons do Pantanal em projetos de música e ciência. O Urbem adaptou essa abordagem para o campo da música popular instrumental, utilizando os sons reais da natureza como base para suas composições.
Com apoio da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (Fundtur-MS), o projeto também se tornou uma campanha de divulgação internacional do Estado. A estreia do “Pantanal Jam” ocorre na Visit Brasil Gallery, em Nova York, convidando o público a “escutar o Pantanal” e conhecer a riqueza sonora e ecológica do bioma.
A mensagem da campanha “Sons do Pantanal” resume o espírito da iniciativa. “Escute a vibrante e pulsante natureza. Deixe que esse som te mova aos belos destinos de Mato Grosso do Sul e à conservação do Pantanal.”
Mais do que música, o projeto é um convite à escuta — e ao reconhecimento do Pantanal como um território onde arte, cultura e sustentabilidade se encontram em perfeita harmonia.
