Medidas emergenciais não evitam alagamentos recorrentes e transtornos em bairros da cidade
O forte temporal que atingiu Campo Grande neste domingo (2), com ventos de até 60 km/h, granizo e chuva intensa de mais de 40 mm em menos de uma hora, revelou mais uma vez as fragilidades da infraestrutura da cidade e a incapacidade da Prefeitura em prevenir alagamentos e danos estruturais.
Em nota, a prefeita Adriane Lopes (PP) afirmou que a intensidade da chuva foi “fora do padrão esperado” e determinou a atuação emergencial das equipes da Sisep, Defesa Civil, Agetran e Energisa para remoção de galhos, reposição de postes e desvio do tráfego na Avenida Afonso Pena, interditada pela queda de um poste em frente ao Parque das Nações Indígenas.
Apesar da mobilização, moradores criticam a atuação pontual da Prefeitura e cobram soluções de longo prazo. Nos bairros Bom Pastor, Pioneiros, Vila Planalto e Jardim dos Estados, destelhamentos, alagamentos e ruas bloqueadas foram registrados. “Todo ano é a mesma coisa. Conserta hoje e amanhã volta o problema”, reclamou um morador do Bom Pastor.
A administração municipal tem apostado em projetos estruturantes, como o programa Cidade-Esponja, que promete ampliar a drenagem urbana. No entanto, enquanto medidas preventivas continuam em fase de planejamento, a população vê repetirem-se os mesmos transtornos e riscos a cada temporal.
Nas redes sociais, a crítica é unânime: a Prefeitura reage, mas não antecipa problemas. Moradores questionam a falta de manutenção preventiva e a lentidão na resposta, mesmo diante de alertas emitidos pelo Cemtec/MS sobre a possibilidade de chuvas intensas.
O episódio evidencia que a gestão da prefeita Adriane Lopes ainda privilegia ações emergenciais em detrimento de um planejamento estrutural efetivo. Para a população, o desafio não é apenas enfrentar as mudanças climáticas, mas garantir que a cidade esteja preparada para enfrentá-las antes que os estragos aconteçam.











