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quarta-feira, 12 de novembro, 2025
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Câmbio automático exige atenção: saiba quando é hora de trocar o óleo da transmissão

Troca preventiva é essencial para evitar falhas, trancos e superaquecimento; especialistas recomendam substituir o óleo entre 40 mil e 80 mil quilômetros, conforme o uso

Com a popularização dos câmbios automáticos, a manutenção preventiva se tornou ainda mais importante para garantir o bom desempenho e a durabilidade do sistema. Hoje, mais de 65% dos carros vendidos no país saem de fábrica com transmissão automática, seja do tipo CVT, convencional ou de dupla embreagem. Embora o conjunto exija pouca manutenção, a troca periódica do fluido de transmissão é indispensável.

De acordo com fabricantes e mecânicos especializados, o óleo deve ser trocado, em média, a cada 80 mil quilômetros. Em veículos que circulam em condições severas, como trânsito intenso e calor extremo, é recomendável antecipar a substituição para cerca de 40 mil quilômetros.

Sinais de que o fluido precisa ser trocado

A troca preventiva evita danos caros e falhas no sistema. Especialistas destacam cinco sinais que indicam a necessidade de substituição do fluido:

  1. Trocas de marcha com trancos ou atraso:
    Se o carro apresentar engates bruscos, demora nas trocas ou sensação de “patinação”, o fluido pode ter perdido viscosidade, comprometendo a pressão hidráulica.
  2. Mudança na cor ou no cheiro do óleo:
    O fluido em boas condições é avermelhado e tem odor leve. Quando escurece e apresenta cheiro de queimado, é sinal de oxidação e contaminação — o que prejudica a lubrificação interna.
  3. Superaquecimento da transmissão:
    A perda da capacidade de dissipar calor faz com que o câmbio opere acima da temperatura ideal (entre 87°C e 92°C), especialmente em subidas ou congestionamentos, acelerando o desgaste de retentores e borrachas.
  4. Ruídos e estalos ao engatar marchas:
    Sons anormais podem indicar atrito excessivo entre engrenagens por falta de lubrificação adequada — outro sintoma de fluido degradado.
  5. Inspeção periódica e troca preventiva:
    Mesmo sem sintomas aparentes, é importante seguir o plano de manutenção do fabricante. Ignorar a troca pode resultar em falhas graves e reparos caros.

Tipo certo de fluido faz diferença

Nem todos os veículos usam o mesmo tipo de óleo. O proprietário deve sempre consultar o manual do veículo para saber a especificação correta do fluido de transmissão automática. O uso incorreto pode comprometer o sistema e anular a garantia.

Em resumo, cuidar do fluido de transmissão é garantir trocas suaves, consumo equilibrado e maior vida útil do câmbio — um item que, com a crescente adoção dos automáticos no Brasil, merece atenção redobrada dos motoristas.

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