Ator venceu no Newport Beach Film Festival e reforça favoritismo na corrida ao Oscar com elogiada atuação no filme de Kleber Mendonça Filho
O ator brasileiro Wagner Moura, 49 anos, recebeu mais um reconhecimento internacional neste sábado (8), ao ser premiado no Newport Beach Film Festival, realizado na Califórnia (EUA), por sua atuação no longa “O Agente Secreto”, de Kleber Mendonça Filho.
Este é o quarto prêmio conquistado pelo artista pelo mesmo papel. Moura já havia sido homenageado no Festival de Cannes, onde o filme estreou, além de ter vencido também nos festivais de Zurique e Chicago. O desempenho do ator vem chamando atenção da crítica internacional, e ele já é apontado como um forte candidato ao Oscar de Melhor Ator.
As indicações ao Oscar ainda não foram divulgadas, mas Wagner Moura já garantiu uma nomeação ao Gotham Awards, uma das principais premiações dedicadas ao cinema independente nos Estados Unidos.
Filme brasileiro cotado ao Oscar
Escolhido pela Academia Brasileira de Cinema para representar o Brasil na disputa por uma vaga no Oscar 2026, “O Agente Secreto” estreou nos cinemas nacionais na última quinta-feira (6). Ambientado no Recife da década de 1970, durante o período da ditadura militar, o longa acompanha Marcelo (Wagner Moura), um homem que retorna à sua cidade natal, é acolhido por uma casa de refugiados e tenta recomeçar a vida — enquanto esconde um passado sombrio e passa a ser procurado por antigos inimigos.
O elenco ainda conta com Maria Fernanda Cândido, Gabriel Leone, Isabél Zuaa e Alice Carvalho, reunindo nomes de destaque do cinema e da TV brasileira.
Som alto e imersão total
Fiel à sua visão autoral, o diretor Kleber Mendonça Filho — conhecido por “Bacurau” e “Aquarius” — enviou uma carta aos exibidores pedindo que o filme seja projetado com o som “⚡️FORTE⚡️”, ressaltando que a potência sonora é parte essencial da experiência cinematográfica.
“Assim terão os melhores resultados junto ao público e estaremos mais próximos do trabalho feito durante a mixagem sonora deste filme brasileiro”, escreveu o cineasta.
Com bom humor, Kleber destacou que “não é só filme estrangeiro que tem sonzão”, reforçando que a trilha e a mixagem sonora são fundamentais para a imersão do público na história.
“O Agente Secreto” marca o retorno de Mendonça Filho às salas de cinema e reafirma sua defesa por uma exibição de qualidade, onde som e imagem atuam com igual protagonismo — agora, com um Wagner Moura em seu auge e cada vez mais perto de um feito histórico para o cinema brasileiro.





















