Mato Grosso do Sul teve uma nova Terra Indígena (TI) reconhecida pela Justiça. O anúncio ocorreu nessa segunda-feira (17) pela ministra Sônia Guajajara, dos Povos Indígenas, durante a sua participação na COP 30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025), em Belém (PA).
Trata-se da TI Ypoí Triunfo, com 20 mil hectares na cidade de Paranhos, próximo da fronteira com o Paraguai, ocupada pela etnia Guarani. O local já foi alvo de confrontos entre indígenas, pistoleiros e fazendeiros que culminaram na morte dos professores indígenas Genivaldo e Rolindo Vera, em 2009.
O processo de demarcação começou em 2007, mas o prazo de delimitação expirou em 2009. Em 2015, houve a retomada da ação e, em 2023, chegou na Justiça, mas estava travado desde então.
Ao todo, 10 TI foram demarcados, junto às áreas quilombolas. Segundo a ministra, 4 milhões de hectares são quilombolas e 59 milhões indígenas, com processos nas câmaras de destinação de áreas pública que serão incorporados pelo Plano Integrado de Implementação da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas.
Serão demarcados os seguintes territórios:
1. TI Vista Alegre (AM – Mura)
2. TI Tupinambá de Olivença (BA – Tupinambá)
3. TI Comexatibá (BA – Pataxó)
4. TI Ypoí Triunfo (MS – Guarani)
5. TI Sawré Ba’pim (PA – Munduruku)
6. TI Pankará da Serra do Arapuá (PE – Pankara)
7. TI Sambaqui (PR – Guarani)
8. TI Ka’aguy Hovy (SP – Guarani)
9. TI Pakurity (SP – Guarani)
10. TI Ka’aguy Mirim (SP – Guarani)











