Atual advogado-geral da União tem trajetória marcada por proximidade com o núcleo político do PT
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou nesta quinta-feira (20) a indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, para ocupar a vaga deixada por Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão foi anunciada durante encontro no Palácio da Alvorada.
Em nota oficial, Messias afirmou receber a indicação “com honra” e destacou agradecimentos às manifestações de apoio de diferentes setores da sociedade. “Agradeço a confiança em meu nome e acolho com afeto todas as orações e manifestações de apoio recebidas”, escreveu.
O AGU ressaltou ainda seu compromisso com a etapa de aprovação no Senado. “Uma vez aprovado pelo Senado, comprometo-me a retribuir essa confiança com dedicação, integridade e zelo institucional”, afirmou. Messias encerrou o comunicado reafirmando compromisso com a Constituição, o Estado Democrático de Direito e a Justiça brasileira.
Com 45 anos, Messias construiu carreira jurídica sólida, marcada pela atuação técnica e pelo histórico de vínculo com o PT. Formado em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, ele atuou como consultor jurídico dos Ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia entre 2011 e 2012, e foi subchefe para assuntos jurídicos da Casa Civil em 2015, durante o governo de Dilma Rousseff.
Sua projeção nacional ocorreu naquele ano, quando foi mencionado em um telefonema da então presidente Dilma Rousseff com Lula, grampeado pela Operação Lava Jato, episódio que reforçou sua imagem de lealdade ao grupo político petista.
Messias assumiu a Advocacia-Geral da União no início do atual mandato de Lula, coordenando a defesa dos interesses do governo na Justiça e consolidando reputação de discrição e competência técnica. Evangélico, ele ampliou apoio entre grupos religiosos, fator que fortaleceu sua posição como um dos nomes cotados para a vaga no STF.
A indicação agora segue para análise e votação no Senado. Após aprovação, Messias passará a integrar o STF, principal instância do Judiciário brasileiro, decisiva para temas estruturantes da vida institucional do país.
