30.8 C
Campo Grande
domingo, 23 de novembro, 2025
spot_img

Lula prevê assinatura do acordo Mercosul–União Europeia em 20 de dezembro

Presidente afirmou no G20 que esta pode ser sua única viagem internacional no fim do ano, mas local da cerimônia ainda não está definido

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste domingo (23) que o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia pode ser oficialmente assinado no próximo dia 20 de dezembro. A declaração foi dada durante entrevista no âmbito da reunião do G20, na África do Sul.

Segundo Lula, essa pode ser sua única viagem internacional até o fim do ano. “Eu não pretendo viajar mais este ano, a não ser para Foz do Iguaçu, para assinar o acordo Mercosul–União Europeia, que acredito que será fechado no dia 20 de dezembro”, afirmou. O presidente frisou, no entanto, que o local da assinatura ainda não foi definido.

A sinalização ocorre meses após o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmar, em setembro, que as negociações do acordo estavam concluídas. À época, o chanceler destacou que o processo ainda passaria pelas etapas de debate e aprovação legislativa tanto nos países do Mercosul quanto nos da União Europeia.

O que prevê o acordo?

O tratado, anunciado inicialmente durante uma reunião entre líderes dos dois blocos no Uruguai, prevê a redução de tarifas de importação e exportação, ampliando o fluxo comercial entre os países. De acordo com especialistas, como o professor Felippe Serigati, da FGV Agro, a parceria pode impulsionar a competitividade dos produtos brasileiros e abrir novas oportunidades no mercado europeu.

Agenda internacional de 2026

Lula também antecipou parte de sua agenda externa para o próximo ano. Segundo o presidente, o Brasil deve ter “uma agenda internacional intensa até maio”. Ele destacou ainda a expansão recente de mercados globais para produtos brasileiros: “Estamos com 486 novos mercados abertos em dois anos e meio, e estamos esperando o momento de anunciar que chegamos a 500.”

A expectativa pela assinatura do acordo reacende debates sobre seus impactos econômicos e políticos, enquanto o governo prepara uma das pautas mais relevantes de sua diplomacia comercial.

Fale com a Redação