Com crises de soluço, filhos dizem que Bolsonaro não vai sobreviver: “estão assassinando meu pai!”

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Bolsonaro aparece pela primeira vez após prisão na Superintendência da PF (Foto: CNN Brasil)

Condenado por tentar aplicar um Golpe de Estado e preso por tentar romper a tornozeleira eletrônica com uma solda, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está enfrentando sérios problemas de saúde na sede da Polícia Federal de Brasília (DF), onde cumpre a pena de 27 anos e três meses. A informação foi divulgada pelos filhos dele, através das redes sociais.

Segundo Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro, o político passou mal nas últimas horas e não está conseguindo dormir direito devido às crises de soluços e refluxo. “Acabo de receber a informação de que meu pai acaba de ter mais uma crise acentuada que já vinha se arrastando”, escreveu em um post na rede social X.

Na mesma publicação, o vereador afirma que o quadro clínico do seu pai é gravíssimo, podendo provocar a sua morte. “Os médicos foram acionados nesta tarde (27) diante da persistência de soluços e refluxos que começaram durante a noite e continuaram ao longo do dia. Ele não vai sobreviver frente a essa injustiça. O sistema está assassinando de forma rápida e brutal o meu pai… o que fazer, Meu Deus?”.

O irmão dele, Jair Renan também comentou sobre a situação clínica do pai, destacando que a crise de soluço voltou mais acentuada. “As providências para a melhora desse quadro estão sendo tomadas pela equipe médica”, reforçou. “É doloroso ver tudo isso acontecer e nem poder segurar a mão dele para ajudar”, completa a publicação.

Bolsonaro foi preso na manhã de último sábado (22), após ter tentado violar sua tornozeleira eletrônica com um ferro de solda. Em audiência de custódia, o ex-presidente confessou o ato e alegou “paranoia” causada por medicamentos. Na decisão em que determinou a prisão preventiva, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, também citou uma vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), a ser realizada por apoiadores em frente ao condomínio em que Bolsonaro se encontrava em prisão domiciliar, no bairro do Jardim Botânico, em Brasília. 

Instada a se manifestar, a defesa de Bolsonaro alegou “confusão mental” provocada pela interação de medicamentos com ação sobre o sistema nervoso central. No dia anterior à prisão, a defesa do ex-presidente havia solicitado que Bolsonaro cumpra pena em prisão domiciliar humanitária ao STF. O pedido foi rejeitado.

Em setembro, Bolsonaro foi condenado pela Primeira Turma do Supremo a 27 anos e três meses de prisão em regime inicial fechado. Por 4 votos a 1, ele foi considerado culpado de liderar uma organização criminosa armada para tentar um golpe de Estado, com o objetivo de manter-se no poder mesmo após derrota eleitoral em 2022. 

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