Decisões do Federal Reserve e do Copom nesta quarta-feira movimentam mercados globais e indicam cenário econômico para 2026
A última superquarta do ano, marcada para 10 de dezembro, promete movimentar os mercados globais e sinalizar as perspectivas econômicas para 2026, com a expectativa de um novo corte das taxas de juros nos Estados Unidos e a possibilidade de indicações de afrouxamento da política monetária no Brasil.
O Banco Central dos EUA (Federal Reserve) e o Copom, do Brasil, iniciam suas reuniões a partir desta terça-feira (9), divulgando os resultados na quarta-feira. Nos Estados Unidos, a decisão será anunciada por volta das 15h (horário de Brasília), enquanto no Brasil, a Selic será divulgada a partir das 18h30.
Cenário brasileiro
No Brasil, o consenso entre analistas é que o BC manterá a Selic em 15%, pela quarta vez consecutiva. O foco, no entanto, está no comunicado e nas mensagens transmitidas pela autoridade monetária, que podem sinalizar futuras mudanças.
Uma pesquisa da Reuters apontou que o mercado aposta em um possível corte da Selic no próximo trimestre, ainda que a opinião não seja unânime. Entre os 36 analistas que responderam sobre os próximos passos do BC, 19 preveem um corte em março, 14 em janeiro e três em abril.
O presidente do BC, Gabriel Galípolo, destacou recentemente que sinais mistos na economia reforçam a necessidade de uma postura “humilde e conservadora”, considerando a desaceleração da atividade econômica, especialmente após o PIB do terceiro trimestre ter ficado ligeiramente abaixo do esperado.
Federal Reserve e expectativas nos EUA
Nos Estados Unidos, os principais índices de Wall Street subiram na última sexta-feira (5), impulsionados por dados econômicos que reforçam as expectativas de um corte na taxa de juros. Atualmente, o mercado precifica 87% de chance de uma redução de 25 pontos-base na reunião desta quarta, segundo o Fed Watch do CME Group.
O Departamento de Comércio informou que os gastos do consumidor aumentaram 0,3% em setembro, alinhados às estimativas, após revisão para baixo do crescimento de agosto. Além disso, um relatório da Universidade de Michigan apontou melhora no sentimento do consumidor, que atingiu 53,3 no início de dezembro, acima da previsão de 52.
“O momento atual indica uma probabilidade muito alta de que o Fed corte as taxas em mais um quarto de ponto”, afirmou Michael Sheldon, vice-presidente e gerente sênior de portfólio da Washington Trust Wealth Management, em Connecticut.
Perspectivas para 2026
Com o cenário internacional e doméstico, investidores monitoram a superquarta como indicativo do rumo da economia global e brasileira para o próximo ano, especialmente em relação às taxas de juros, que impactam diretamente crédito, investimentos e consumo.



















