Agroindústria de mel formaliza sua produção com apoio do Senar/MS

15
Foto: Divulgação

Quando vieram do Rio Grande do Sul para Mato Grosso do Sul, Flori da Silva e Rosicler Rodrigues não imaginavam que encontrariam, nas terras pantaneiras, o caminho para transformar o hobby da apicultura em negócio. No estado gaúcho, tinham poucas caixas e produziam apenas para consumo. Aqui, os dois encontraram oportunidade de mercado, novas possibilidades e até o nome que traduz a própria história da família: o Mel do Tchê.

Essa é a história do Transformando Vidas de hoje (12). Confira:

A primeira colmeia em solo sul-mato-grossense surgiu quase por acaso, depois que uma amiga chamou o casal para capturar um enxame na propriedade rural. Eles deixaram uma caixa preparada e, quando voltaram para buscá-la, descobriram que, além do enxame inicial, outros três também haviam sido atraídos.

Rosicler relembra que nesse começo a apicultura não era realizada de forma profissional. O processo ainda era caseiro e simples, mas cheio de afeto. “A gente tinha um processo em casa mesmo, era pouca coisa, mas a gente tirava no favo, vendia o favinho para conhecidos. Ele mesmo fabricava as caixas.”

Com o tempo, perceberam que a atividade poderia crescer, mas para isso precisariam formalizar o negócio. O casal começou a ligar para várias pessoas, pedindo informação, até que chegaram à orientação de procurar o Senar/MS. Assim começaram o atendimento pela ATeG Agroindústria, etapa decisiva para a mudança. “Começamos a ter o atendimento e estamos há três anos sendo assistidos. Eles falam para a gente o que temos que fazer ou não, porque não tínhamos esse conhecimento.”

A jornada até a certificação não foi simples. Em maio, o casal viajou ao Rio Grande do Sul com a esperança de voltar para Campo Grande e, finalmente, ter a aprovação. Caso contrário, Flori já tinha sido direto com a esposa: seria hora de desistir. Quando retornaram, a boa notícia chegou. “O Senar sempre estava atrás, sempre junto, fazendo todos os passos, a viabilidade. Eles que estavam ajudando em todos os processos para sair o nosso selo”, relembra Rosicler.

E não foi só a certificação que ganhou cara nova. A identidade visual também foi transformada. “A gente mudou um pouquinho o rótulo, o Senar já nos ajudou. Agora colocamos o desenho de uma onça e de uma arara, que antigamente não tinha. É para mostrar que o nome é do Sul, mas o mel é do Pantanal, daqui do Mato Grosso do Sul.”

A apicultura exige cuidado em cada detalhe e tudo começa no apiário. “É gostoso, é gratificante ver ela produzindo, de ver o mel. Quando tu vai no apiário e vê os favos cheios… nossa, é muito gostoso”. No fim, a etapa do envase, consolida o processo e também o amor de Rosicleia pelo que faz. “Quando senta ali para envasar, é um amor… que não quer mais parar de fazer.”