Com bombas e tiros, PM acaba com protesto de indígenas em Dourados

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Foto: Redes Sociais

A paciência das autoridades e da Polícia Militar chegou ao fim na manhã dessa segunda-feira (15) e a tropa de choque foi deslocada para desbloquear o anel viário de Dourados, tomado por indígenas desde a última quinta-feira (11). O confronto envolveu intenso aparato, com militares usando escudos, bombas de gás e tiros de borracha, além de viaturas e até mesmo drones que sobrevoaram o local.

A atualização da situação indica que, após uma fracassada negociação para a liberação do trecho, que liga à Avenida Guaicurus, os policiais foram autorizados a realizar uma operação para retirar os manifestantes à força. Uma pá carregadeira também foi utilizada para a remoção dos entulhos e galhos de árvores que tinha sido colocados para impedir o fluxo do trânsito.

Na aproximação da tropa de choque, os indígenas resistiram e ameaçaram atear fogo nos veículos que cruzassem a região, além disso, também usaram estilingues para arremessar pedras contra a polícia. Durante a ofensiva, os indígenas se afastaram e retornaram para uma propriedade onde estão acampados, até então sob a liderança do ex-candidato a governador Magno de Souza.

O protesto

Com bombas e tiros, PM acaba com protesto de indígenas em Dourados
Magno Souza após ser preso pela Polícia Militar (Foto: Leandro Holsbach)

A manifestação dos nativos começou na quinta-feira, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) retomou as discussões sobre o Marco Temporal, que trata das ocupações de áreas reivindicadas pelos indígenas como sendo de seus ancestrais. Entretanto, no sábado, Magno de Souza foi preso em função de um mandado. Ele é investigado por estupro de uma jovem de 21 anos, pessoa com deficiência.

Desde então, a esposa do líder indígena tomou à frente do protesto e o foco da comunidade passou a ser em prol da liberdade do político. Magno já passou pela audiência de custódia e teve a prisão mantida pelo juiz responsável. Magno foi encontrado no assentamento Aratikuty, na região da Aldeia Bororó, em situação de foragido.

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