Anvisa alerta para riscos de canetas emagrecedoras falsas vendidas no Brasil

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Canetas emagrecedoras (Foto: Comunicação/SES)

Uso de medicamentos como Ozempic e Mounjaro sem orientação médica pode causar danos graves à saúde

Popularizadas por influenciadores digitais e celebridades, as chamadas canetas emagrecedoras, como Mounjaro e Ozempic, têm sido cada vez mais procuradas por pessoas que buscam perda de peso rápida. O uso, porém, muitas vezes ocorre sem acompanhamento médico e fora dos critérios recomendados, o que acendeu um alerta das autoridades de saúde.

Diante do aumento da procura, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alertou para os riscos da compra e do consumo de canetas emagrecedoras falsificadas. Segundo o órgão, além de colocarem a saúde em risco, a fabricação e a comercialização desses medicamentos irregulares configuram crime hediondo no Brasil.

A farmacêutica Natally Rosa explica que o uso de versões manipuladas ou de procedência desconhecida pode trazer consequências graves ao organismo. “Quando a pessoa se submete ao uso de um medicamento fora das regulamentações, os riscos são muito maiores. Pode haver desde a ausência do efeito esperado até a presença de contaminantes”, afirma.

Segundo a especialista, alguns sinais podem ajudar o consumidor a identificar possíveis falsificações. A atenção deve começar pela embalagem, que precisa seguir o padrão oficial do fabricante. “É importante observar a apresentação física da embalagem, o rótulo, se ele está no idioma português e se há informações claras sobre lote e validade. A descrição do medicamento e do princípio ativo deve estar bem legível”, orienta.

Outro ponto de alerta é o preço. Valores muito abaixo do praticado no mercado são indicativo de irregularidade. Natally reforça que esses medicamentos só podem ser vendidos com receita médica, que deve ser apresentada e retida no momento da compra.

A Anvisa recomenda que os consumidores adquiram medicamentos apenas em farmácias regularizadas e evitem compras pela internet ou redes sociais. Em caso de suspeita de produto falsificado, a orientação é não utilizar o medicamento e comunicar imediatamente os órgãos de vigilância sanitária.