
Equipe médica estima internação de cinco a sete dias após cirurgia considerada comum
Internado em um hospital de Brasília desde a véspera de Natal, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passará por uma cirurgia de hérnia nesta quinta-feira (25). A previsão é de que o procedimento comece às 9h e tenha duração aproximada de quatro horas, segundo a equipe médica.
A cirurgia tem como objetivo tratar uma hérnia inguinal bilateral, localizada na região da virilha. A condição ocorre quando há fragilidade dos tecidos que sustentam o intestino dentro do abdômen, podendo provocar inchaço, dor ou desconforto, especialmente durante esforços físicos.
De acordo com o cirurgião responsável, Claudio Birolini, o procedimento é considerado comum e será realizado com anestesia geral. “É um procedimento convencional, com um corte em cada lado da virilha. A hérnia é identificada, empurrada de volta para dentro do abdômen, a área enfraquecida é suturada e, na sequência, reforçada com a colocação de uma tela”, explicou.
Ainda segundo o médico, a ocorrência é compatível com a faixa etária de Bolsonaro, que tem 70 anos. A expectativa é de que o ex-presidente permaneça internado entre cinco e sete dias após a cirurgia. Se não houver intercorrências, ele deve receber alta apenas após o Ano Novo.
“A gente estima que ele fique internado por um período de 5 a 7 dias, mas vamos reavaliar ao longo desse tempo”, afirmou Birolini. Ele acrescentou que, caso haja necessidade de cuidados adicionais durante a internação, a equipe médica avaliará medidas específicas, como acompanhamento de profissionais de saúde.
Soluços e estado emocional
O cirurgião ressaltou que a cirurgia será voltada exclusivamente para a hérnia e não tem relação direta com as crises de soluço enfrentadas pelo ex-presidente. No entanto, a equipe médica avalia a possibilidade de iniciar, na próxima semana, um tratamento específico para controlar o problema.
Um dos médicos que acompanham Bolsonaro informou que, no primeiro dia de internação, o ex-presidente apresentou sinais de ansiedade e abatimento emocional, o que pode agravar os episódios de soluço. “Ele está um pouco deprimido pela situação que está passando e bastante ansioso. A ansiedade pode desencadear um quadro recorrente de soluços, que prejudica o sono”, disse o cardiologista Brasil Ramos Caiado.
Segundo o médico, Bolsonaro está medicado e recebe acompanhamento clínico, com atenção à alimentação e ao uso de remédios específicos para as crises. “Ele está bem medicado, inclusive já estava antes da internação. Mantivemos a medicação e há outro remédio para ser utilizado nos momentos de crise”, afirmou.
Acompanhamento da família
Durante o período de internação, o ex-presidente será acompanhado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Os filhos também estão autorizados a visitá-lo, sem restrição de horário, de acordo com as normas do hospital.



















