Publicado em 30/10/2017 10h15
Acontece hoje última coleta de provas sobre permanência de Itamara na PM
Conselho de Justificação julga se tenente-coronel tem condições de ficar
O Conselho de Justificação da Polícia Militar faz nesta manhã, na sede da Corregedoria-Geral, em Campo Grande, a última etapa de coleta de provas sobre o processo administrativo que envolve a tenente-coronel Itamara Romero Nogueira, 40, investigada pelo homicídio do marido Valdeni Lopes Nogueira, 47, também militar. O procedimento avalia se a policial tem “condições morais” de permanecer no cargo. Caso seja provado que ela maculou a honra pessoal, o pundonor policial militar e agiu com desleixo na função, pode ser afastada ou até excluída da corporação, mas tudo depende de análise minuciosa.
No dia 9 de outubro, Itamara participou de acareação diante de três oficiais corregedores da PM. Desta vez, explica o advogado José Roberto Rodrigues da Rosa, participam também três testemunhas arroladas pela defesa, dentre as quais são três que presenciaram os fatos e outras três de referência. “As testemunhas de referência são colegas que vão falar do comportamento dela dentro da corporação”, disse. O procedimento deve ser encerrado ainda nesta manhã. Após isso, os corregedores vão analisar as provas e solicitar as alegações finais antes de prosseguirem para o julgamento. Não há prazo definido.
AUDIÊNCIA
Nesta manhã, foi publicado no Diário de Justiça de Mato Grosso do Sul, o agendamento da oitiva de testemunha referente ao processo criminal pelo qual a tenente-coronel responde. O PM Hudson Camargo Alves, um dos primeiros a chegar ao local dos fatos, é testemunha do Ministério Público Estadual, e foi intimido para prestar depoimento na 1ª Vara Criminal da Comarca de Ponta Porã, no dia 14 do mês que vem, às 16h30. Hudson era lotado na Capital, mas foi transferido para o interior. Itamara, por sua vez, após período afastada, retornou às atividades como agente de ordem no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.
O CASO
No dia 12 de julho do ano passado, às vésperas de uma viagem de reconciliação, Itamara e Valdeni discutiram na casa onde moravam no Bairro Santo Antônio, na Capital. O casal tinha relacionamento conturbado, principalmente por conta da suposta “vida de solteiro” de Valdeni, apesar do casamento. À época, a policial alegou que, após ser agredida e ameaçada de morte, reagiu mais rápido e atirou duas vezes no marido na varanda da residência, antes que ele pegasse a arma dele para matá-la. Itamara chegou a ser presa, mas responde pelo crime em liberdade. Valdeni foi socorrido, mas morreu na Santa Casa.
***Correio do Estado




















