Em uma conquista histórica para o esporte sul-mato-grossense, o Pantanal Vôlei, equipe formada pela AECGV (Associação Esportiva Campo Grande Vôlei), sagrou-se campeão da etapa Centro-Oeste da Superliga C masculina. A vitória decisiva foi contra o Instituto Ace (GO), por 3 sets a 1, na noite de quinta-feira (7), no Ginásio Guanandizão, em Campo Grande. Com o incentivo da torcida, a equipe demonstrou força, garantindo presença na fase nacional, etapa que vale o acesso à Superliga B de 2026.
A partida começou com o time da casa impondo seu ritmo e vencendo o primeiro set por 25 a 18. O adversário reagiu e levou o segundo por 25 a 22, único set perdido pelo Pantanal durante toda a competição. Nos sets seguintes, o domínio voltou a ser dos sul-mato-grossenses, que fecharam em 25 a 20 e 25 a 23, confirmando o título e reforçando o desempenho consistente que tiveram no torneio.
A etapa Centro-Oeste contou com sete equipes dos estados de Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul. Apenas o campeão de cada região garante vaga na etapa nacional, juntamente com o melhor segundo colocado do país. Quatro equipes conquistarão o acesso à Superliga B ao final dessa fase.
A competição é realizada pela CBV (Confederação Brasileira de Voleibol), com organização local da FVMS (Federação de Voleibol de Mato Grosso do Sul). O evento tem apoio do Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura) e Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer).
Mato Grosso do Sul volta a figurar entre os classificados para uma competição dessa importância. A AECGV/Pantanal Vôlei fez uma campanha impecável desde o início, em 3 de agosto, e só perdeu um set, justamente na final.
Samir Dali, presidente da AECGV/ Pantanal Vôlei e treinador das categorias de base feminina, ressaltou a força da união do grupo. “Ontem ganhamos o jogo no placar de 3 a 1, foi um jogo bem jogado pelas duas equipes, com esses resultados conquistamos o título da Superliga C, um grupo muito forte, muito unido e com muito esforço nos empenhamos para a realização e a construção dessa equipe, que teve reforços de fora.”
Ele ainda comenta, sobre as expectativas para a próxima etapa.
“Nosso objetivo maior ao participar dessa fase agora é conseguir esse acesso tão esperado para o estado do Mato Grosso do Sul. A gente vai precisar de muito apoio, a gente vai buscar patrocínios, porque essa fase agora envolve mais gastos e a nossa associação, que é o Campo Grande Vôlei, que está agora homenageando o estado com o nome de Pantanal Vôlei. É uma instituição sem fins lucrativos e a gente conta com o apoio tanto do estado que nos ajuda, a gente vai buscar o apoio de empresas privadas para construir um grande projeto.”
Com 2,01m de altura, o levantador Jó Maurício da Silva Neto, de 24 anos, é um dos destaques da equipe. No voleibol profissional há 12 anos, construiu uma carreira marcada por importantes resultados: foi vice-campeão estoniano, terceiro colocado na Copa Báltica e vice-campeão da Superliga A nas temporadas 2023 e 2024, defendendo o Vôlei Renata, de Campinas. Ele comenta sobre a conquista da equipe.
“A sensação foi de dever cumprido né, que era o objetivo de todo o grupo, essa conquista, e em nenhum momento nós duvidamos que poderíamos alcançá-lo. O momento mais marcante durante a competição, foi quando o grupo se uniu, todo mundo se conheceu nos primeiros treinos e ali foi criando uma identidade de um time. Não foi muito tempo, mas foi o suficiente para que pudéssemos conquistar esse título da Superliga C, da etapa regional aqui em Mato Grosso do Sul, em Campo Grande. O diferencial da equipe foi que ninguém tinha vaidade, o grupo era muito forte, tinha muitas boas peças em todas as posições, ou seja, um poderia ser trocado e o nível não cairia então acredito que é isso que ajudou bastante o grupo”, frisou o atleta.
O central Henri de Oliveira Lopes, natural de Campo Grande, atua profissionalmente no voleibol há três anos. Entre suas principais conquistas estão o título de campeão pelo Comando Militar do Oeste nos Jogos do Exército, competição de nível nacional, e a vitória na Taça Piratininga, em 2024, torneio paulista que garante acesso à Divisão Especial. Sobre a vitória em casa, Henry comenta:
“A sensação é incrível, de verdade. Na última vez que estive aqui em Campo Grande, na Superliga C, eu nem cheguei a entrar em quadra. Eu fazia parte do projeto Copa Gás, mas não joguei. Em 2023, participei da Superliga C defendendo Araraquara, em São Sebastião, São Paulo. Entrei em quadra, mas infelizmente não conseguimos nos classificar. No ano passado, joguei por São Sebastião na Superliga C em Minas Gerais, e fomos vice-campeões, garantindo o acesso à Superliga B. Conseguimos manter esse nível, e agora ganhamos aqui no nosso estado, o que é uma sensação diferente, porque estou em casa. E ainda tem mais pela frente, essa foi só a primeira fase.”
No feminino, a AECGV disputou a Superliga C em Sorriso (MT) entre os dias 3 e 7 de agosto, na cidade de Sorriso (MT) e encerrou sua participação em quinto lugar. A equipe foi formada, em sua maioria, por atletas vindas das categorias de base do projeto.
