Agosto será um mês de mobilização e conscientização em Mato Grosso do Sul com o “Quebrando o Silêncio”, campanha promovida pela Igreja Adventista do Sétimo Dia que ganhou status oficial no calendário estadual. A partir de agora, o quarto sábado de agosto é dedicado a ações que fortalecem o combate à violência contra crianças, mulheres, idosos e, neste ano, o foco será a violência digital — um perigo crescente e silencioso que afeta milhares de sul-mato-grossenses.
Segundo dados recentes divulgados pela Secretaria de Comunicação do Governo Federal em Mato Grosso do Sul, o estado registrou um aumento de 27,25% nas denúncias de violência digital através do Ligue 180 em 2024. Esse crescimento expressivo reforça a urgência da campanha e a necessidade de ampliar políticas públicas e o apoio às vítimas.
Em 2025, o tema “Violência Digital: quando o perigo vem da tela” coloca em evidência os desafios do cyberbullying, fake news, exposição indevida e ameaças virtuais. A campanha quer despertar a atenção da sociedade, especialmente de famílias, escolas e comunidades, para os sinais de alerta e as formas de proteção no ambiente virtual.
A deputada Lia Nogueira, autora da lei que oficializa o Quebrando o Silêncio no estado, destaca a importância da iniciativa para ampliar políticas públicas e estimular denúncias.
Neusa Almeida, diretora do Ministério da Mulher da Igreja Adventista em Mato Grosso do Sul e líder local da campanha, reforça:
“Essa oficialização no calendário do estado fortalece ainda mais o nosso compromisso de levar informação, apoio e coragem para quem sofre em silêncio. A violência, seja dentro de casa ou no mundo virtual, destrói vidas e famílias, mas juntos podemos romper esse ciclo. Nossa esperança é que cada pessoa saiba que não está sozinha e que há caminhos para proteção e denúncia.”
Durante todo o mês, diversas atividades — como palestras, fóruns, passeatas e campanhas educativas — ocorrerão em municípios sul-mato-grossenses, mobilizando voluntários, instituições e a comunidade para fortalecer a rede de proteção e acolhimento.
Jeanete Lima, coordenadora do projeto para a América do Sul, ressalta que “falar sobre violência digital é um ato de amor e responsabilidade, especialmente com crianças e adolescentes, que são mais vulneráveis.”