Publicado em 13/04/2017 07h24
Airbnb assina acordos com governos para coletar impostos em 275 cidades
Companhia de hospedagem alternativa informou ontem (12) que plataforma terá coletado mais de US$ 240 milhões em taxas até o dia 1º de maio
Terra
O Airbnb tem se desdobrado para adequar seu modelo de negócios a medida que enfrenta críticas sobre seu impacto social e econômico nas cidades onde opera.
Agora, seu último anúncio é um novo reforço de que a plataforma de hospedagem alternativa está disposta a colaborar com governos para assegurar que seus usuários estejam pagando sua parcela em impostos.
Em post publicado ontem (12), o Airbnb informa que até o dia 1º de maio terá fechado acordos com 275 governos para a arrecadação e pagamento de tributos. Tais acordos incluem cidades nos Estados Unidos, França, Índia, Holanda e Portugal.
“Nos últimos três anos, nós firmamos parcerias com centenas de governos ao redor do mundo para facilitar que nossos anfitriões e usuários paguem sua parcela de impostos”, escreveu o Airbnb em seu blog.
Fundada em 2008, a companhia agora opera em 190 países e conta com mais de 3 milhões de ofertas de hospedagem. A medida que expandia, o Airbnb enfrentou pressões desde governos, grupos hoteleiros e organizações de habitação que argumentam que sua presença elevou os preços dos aluguéis de longo prazo em cidades turísticas.
Entretanto, o Airbnb mudou sua postura há alguns anos quando, em 2014, começou a coletar uma taxa de 14% das hospedagens em São Francisco e rapidamente replicou o mesmo modelo para outras cidades.
Uma posição conciliadora com governos mundo afora é fundamental caso a companhia – hoje avaliada em US$ 31 bilhões – tenha pretensões de abrir, por exemplo, seu capital na bolsa de valores.
Segundo o Airbnb, parte do valor arrecadado com o novo imposto em cidades como Chicago e Los Angeles é direcionado a programas de habitação e apoio a moradores de rua. Em Portland, 100% dos impostos arrecadados são depositados em um fundo para o programa de habitação da cidade.
Além disso, a companhia diz que até o dia 1º de maio terá coletado globalmente mais de 240 milhões de dólares em impostos.
“O compartilhamento de casas democratiza a receita fornecendo uma fonte cada vez mais valiosa de novos fundos para os governos”, escreveu o Airbnb em seu post. “Através da cobrança e remessa de impostos semelhantes aos de hotéis, o Airbnb garante um processo simplificado para a nossa comunidade de acolhimento e alivia a carga administrativa para os governos estaduais e locais”.




















