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sábado, 27 de setembro, 2025
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Animais silvestres voltam ao habitat após reabilitação no CRAS de MS

Entre reabilitação e cuidados, pacas, tucanos e macacos-prego ganham uma nova chance de viver livres na natureza; na foto, um macaco-prego ganha coleira de monitoramento

O Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), realizou em julho de 2025 uma série de ações importantes para a reintegração da fauna silvestre no bioma Pantanal. As atividades, em parceria com o projeto Onçafari, aconteceram na Reserva Santa Sofia, em Aquidauana, e incluíram solturas, aclimatação e o início do monitoramento de animais reabilitados.

Entre os destaques da ação, quatro pacas reabilitadas foram devolvidas à natureza. Após um processo cuidadoso, os animais deixaram o recinto de forma cautelosa, como se reconhecessem seu caminho de volta ao habitat natural. Além disso, onze tucanos-toco resgatados do tráfico de fauna estão em aclimatação no local, onde permanecem sob observação até estarem aptos para voar livremente.

Outra novidade foi o início do monitoramento dos macacos-prego com colares VHF, uma tecnologia inédita para o CRAS. Os primatas, em processo de aclimatação desde março, serão acompanhados após a soltura para avaliar sua adaptação e reintegração ao meio ambiente natural.

“Ver esses animais voltarem à natureza é um presente. São histórias de superação. Muitos chegaram debilitados, sem perspectiva. Hoje, eles recuperam o que sempre foi deles por direito: a liberdade”, afirmou a gestora do CRAS, Aline Duarte.

A Reserva Santa Sofia, administrada pelo Onçafari, é um importante espaço de reabilitação que abriga diversas espécies do Pantanal, como onças-pintadas, araras, antas, aves de rapina, ungulados e primatas.

“Cada soltura é uma vitória, apagando as marcas da violência sofrida por esses animais. Trabalhamos todos os dias para que eles escrevam uma nova história — desta vez, na liberdade da natureza”, destacou a médica-veterinária do CRAS, Jordana Toqueto.

O diretor-presidente do Imasul, André Borges, ressaltou o compromisso do Governo do Estado com a conservação da biodiversidade. Segundo ele, o trabalho técnico aliado a parcerias garante aos animais uma nova chance de viver em liberdade, cumprindo seu papel ecológico.

Essas ações mostram que a conservação vai além dos números — ela transforma vidas e renova a esperança da fauna pantaneira por meio da dedicação, ciência e empatia da equipe técnica do Imasul.

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