Jornalista encerra ciclo histórico à frente do principal telejornal do país e anuncia nova fase no “Globo Repórter” a partir de 2026
O jornalista William Bonner, 61 anos, se despediu oficialmente da bancada do “Jornal Nacional”, da TV Globo, na noite desta sexta-feira (31), em sua última apresentação no comando do telejornal. Após 29 anos à frente do JN e 26 como editor-chefe, Bonner encerra um dos ciclos mais marcantes da história do jornalismo brasileiro.
“Chegou o dia! Dois meses depois do anúncio, estou concluindo meu ciclo no ‘JN’”, declarou o apresentador durante a edição ao vivo. Ao lado de Renata Vasconcellos, Bonner se levantou da bancada para receber César Tralli, que assume a apresentação a partir de segunda-feira (3). “É sempre um prazer enorme te cumprimentar e te abraçar, especialmente aqui”, disse Bonner ao novo âncora.
A transição marca uma nova fase no jornalismo da Globo. César Tralli dividirá a bancada com Renata Vasconcellos, enquanto o cargo de editor-chefe será assumido por Cristiana Sousa Cruz, que há seis anos atua como editora adjunta e parceira de Bonner.
Durante o encerramento, Jacqueline Brazil, responsável pela previsão do tempo, também se despediu do colega: “Bonner, um boa noite especial para você”.
Nova etapa
Após deixar o “Jornal Nacional”, Bonner anunciou que passará a integrar o “Globo Repórter” a partir de 2026, ao lado de Sandra Annenberg. A mudança faz parte de um plano pessoal e profissional para reduzir o ritmo de trabalho e dedicar mais tempo à família e a novos projetos.
Com a saída do jornalista, outras mudanças também ocorrem na grade da emissora: Roberto Kovalick assume o “Jornal Hoje”, e Tiago Scheuer passa a apresentar o “Hora Um”, telejornal exibido nas madrugadas da Globo.
Uma carreira histórica
Bonner iniciou sua trajetória na TV em 1985, na Bandeirantes, e ingressou na Globo no ano seguinte. Passou por programas como “SPTV”, “Jornal Hoje”, “Jornal da Globo”, “Globo Rural” e “Fantástico”, antes de chegar ao “Jornal Nacional” em 1996.
Durante quase três décadas, esteve à frente de grandes coberturas, como os atentados de 11 de setembro, a morte do Papa João Paulo II, diversas eleições presidenciais, tragédias nacionais e eventos esportivos internacionais.
Além da apresentação, Bonner foi peça-chave na modernização do “JN”, liderando mudanças editoriais e tecnológicas que aproximaram o telejornal do público. Sua atuação firme e didática em coberturas como a pandemia de Covid-19 reforçou sua imagem como uma das vozes mais confiáveis do jornalismo brasileiro.
Com sua despedida, William Bonner encerra um ciclo de quase três décadas à frente do principal telejornal do país, consolidando uma trajetória de credibilidade, inovação e compromisso com a notícia.











