Operação Martelo da Meia-Noite envolveu de mais de 125 aeronaves na ofensiva contra o país do Oriente Médio. Quatorze bombas de artilharia pesada usadas nos alvos
Em uma ação militar sem precedentes, os Estados Unidos lançaram no sábado (21) a operação “Martelo da Meia-Noite”, com ataques aéreos direcionados a instalações nucleares iranianas. O anúncio foi feito durante coletiva de imprensa no Pentágono, com a participação do secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, e do chefe das Forças do Estado-Maior, Dan Caine.
De acordo com Caine, durante coletiva a imprensa neste domingo (22), ofensiva envolveu mais de 125 aeronaves, incluindo sete bombardeiros furtivos B-2 Spirit, aviões-tanque de reabastecimento, caças e aviões de reconhecimento. A operação contou ainda com um plano de dissimulação, que enviou bombardeiros ao Pacífico como “isca” para despistar os radares iranianos.
As ações começaram por volta das 2h10 (horário local do Irã) do sábado, com o lançamento de 14 granadas de artilharia pesada e dezenas de mísseis Tomahawk, atingindo os principais complexos nucleares de Fordow, Natanz e Isfahan. Segundo as autoridades americanas, a missão foi a mais longa já realizada com os B-2, partindo de uma base no Missouri e concluída com a saída do espaço aéreo iraniano por volta das 3h30.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, classificou a operação como um “ataque muito bem-sucedido”, afirmando que os objetivos estratégicos foram alcançados.
Tensão no Golfo Pérsico
A resposta iraniana não demorou. Segundo a Press TV, emissora estatal do Irã, o parlamento iraniano aprovou neste domingo (22) a proposta de fechamento do Estreito de Ormuz, uma das rotas marítimas mais estratégicas do mundo, responsável por cerca de 20% do fluxo global de petróleo e gás natural.
A decisão final, no entanto, depende ainda da deliberação do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã.
O parlamentar e comandante da Guarda Revolucionária, Esmail Kosari, declarou à imprensa local que o fechamento do estreito “está na agenda” e “será feito sempre que necessário” como resposta à agressão americana.
Escalada de Conflito
A operação militar dos EUA contra as instalações nucleares iranianas marca um aumento significativo da tensão no Oriente Médio, especialmente na região do Golfo Pérsico. Especialistas alertam para o risco de retaliações por parte do Irã, tanto em âmbito militar quanto por meio de ações que impactem o comércio global de energia.
As próximas horas devem ser decisivas para o desenrolar da crise, que já começa a mobilizar aliados e organizações internacionais em busca de uma solução diplomática.