Após confusão com PMs, fazendeiro paga R$ 13,2 mil para ser solto

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O fazendeiro de 36 anos que acabou preso na noite de ontem (13), em Dourados, após provocar um acidente de trânsito por estar embriagado e também por desacato aos policiais militares, foi solto ao passar pela audiência de custódia nessa terça-feira (14). Ele pagou a fiança na ordem de 10 salários mínimos, que totaliza R$ 13,2 mil.

Na sessão, o juiz da 1ª Vara Criminal, Marcelo da Silva Cassavara, determinou ao réu medidas cautelares, como se recolher em sua casa durante a noite, não dirigir, não mais frequentar bares, prostíbulos e casas de show. “O autuado demonstrou possuir condições financeiras compatíveis com a fiança arbitrada, sendo o valor proporcional às circunstâncias do caso concreto”, decidiu.

Na sua versão para os fatos, o fazendeiro negou que tivesse dirigindo embriagado e justificou que o bafômetro ‘sentiu’ o cheiro do fumo que mascava e que é curtido com cunhaque. A mulher dele, que também chegou a ser detida durante a confusão, também relatou no seu depoimento que o réu tinha mascado fumo com o cunhaque.

O caso

O fazendeiro não tinha nenhuma uma licença autorizando a direção veicular, já que está com a sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) cassada desde 2021. Segundo as informações, ele conduzia uma caminhonete, modelo Dodge RAM, quando acabou batendo na lateral de um Honda FIT, no cruzamento das ruas Mato Grosso e Oliveira Marques.

Por sorte, nenhum dos ocupantes dos dois veículos sofreram ferimentos, mas o fazendeiro tentou fugir do local ao ver a viatura se aproximando, sendo abordado 60 metros depois do ponto do acidente, momento em que desacatou os militares. Perguntado se havia ingerido bebida alcoólica, ele negou e teria afirmado: “Saiam daqui! Vocês não têm que saber de nada disso”.

Foi preciso pedir apoio de outra viatura para controlar a situação. Os policiais constataram que o motorista estava embriagado e o convidaram para fazer o teste do bafômetro, que apontou para 0,63 mg/l de álcool no sangue, o que configura crime de trânsito. Ao resistir, o fazendeiro chegou a colocar a mão sobre o coldre da faca, que um dos policiais carregava na cintura, até que foi algemado e levado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário).