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Após corte na taxa básica, bancos começam a reduzir juros para os clientes

12/01/2017 18h55

Após corte na taxa básica, bancos começam a reduzir juros para os clientes

R7

Um dia depois da redução da taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, de 13,75% ao ano para 13% ao ano, anunciada pelo Banco Central na última quarta-feira (11), os bancos brasileiros começam a diminuir os juros cobrados dos clientes.

Até esta quinta-feira (12), ao menos duas grandes instituições financeiras já tinham recuado nas taxas praticadas e outras três ainda fazem reuniões internas para definir o tamanho do corte.

Bradesco

O banco diminuiu as taxas tanto para pessoas físicas como jurídicas e valem a partir da próxima segunda-feira (16). De acordo com a instituição financeira, os cartões de crédito para pessoas física e jurídica terão redução das taxas de juros do rotativo em 6 pontos base ao mês.

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Para os clientes pessoa física, a taxa mínima do crédito pessoal recuou de 2,84% para 2,78% ao mês, enquanto a máxima foi de 7,78% para 7,72% ao mês. No caso do CDC Veículos, a taxa mínima diminuiu de 1,65% para 1,50% ao mês e a máxima, de 3,66% para 2,99% ao mês. Por fim, o cheque especial, modalidade que tem uma das maiores taxas de juros do País, teve a taxa máxima diminuída de 13,55% para 13,49% ao mês.

Para as empresas, o Capital de Giro para Micro e Pequenas Empresas teve sua taxa mínima diminuída de 2,10% para 2,04% ao mês e a máxima, de 4,27% para 4,19% ao mês. No caso do CDC Veículos, os juros mínimos caíram a 1,59% (eram 1,65% antes) e os máximos, a 2,99% ao mês (eram de 3,62% ao mês). A taxa mínima da Conta Garantida, limite pré-aprovado na conta para pessoa jurídica, passou de 4,24% para 3,98%.

Banco do Brasil

O banco também mexeu nas taxas de juros de linhas de crédito para pessoas físicas e jurídicas a partir de abril. Para os clientes pessoa física, o rotativo do cartão de crédito teve uma redução de 4 pontos percentuais. No cheque especial, a redução foi de 0,09 ponto percentual ao mês.

No caso das empresas, a redução média foi de 0,25 ponto percentual ao mês, incluindo as linhas de desconto de Cheques, antecipação de crédito ao jojista e desconto de títulos. No caso de pessoas jurídicas, as novas condições valem a partir da próxima segunda-feira (16).

O presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, disse que a redução dos juros contribui para a retomada da confiança, o que é determinante para deslanchar os projetos de infraestrutura e ajudar o Brasil a crescer nos próximos anos.

Santander

O banco espanhol ainda não anunciou as novas taxas de juros, mas o presidente da instituição, Sérgio Rial, sinalizou que haverá corte em breve: “O Santander acredita que deve assumir, juntamente com outras instituições financeiras, um papel protagonista na recuperação da atividade econômica. Para isso, é necessário reposicionar as taxas de juros frente à nova realidade inflacionária, que seguramente permitirá que o Banco Central conduza o Brasil rumo a juros de um dígito”.

Itaú e Caixa

A Caixa Econômica Federal e o Itaú ainda não definiram cortes nas taxas de juros, mas já fizeram reuniões internas e devem anunciar reduções ainda nesta semana. Em nota, a Caixa afirma que “irá monitorar as carteiras para possíveis ajustes de preço” e ressalta que a instituição “já promoveu uma redução nas taxas de juros do crédito imobiliário” no mês de novembro.

O banco estatal afirma ainda que os créditos com taxas de juros pós-fixadas e atreladas ao CDI serão imediatamente impactados pela redução da taxa Selic anunciada ontem. “Para um crédito com taxa de juros de 130% de CDI pagava-se 17,88% ao ano (130% de 13,75%) e, a partir de hoje, serão pagos 16,9% ao ano (130% de 13%). Portanto, para essas situações, o crédito já fica mais barato”, ressalta a Caixa.

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