A Prefeitura de Maracaju divulgou neste sábado (21) uma nota de repúdio ao feminicídio que tirou a vida de Doralice da Silva, de 42 anos, assassinada a facadas pelo companheiro, de 31 anos, na noite de sexta-feira (20). O crime aconteceu dentro da residência do casal, por volta das 23h, no município que fica a 158 quilômetros de Campo Grande.
Na nota, publicada nas redes sociais oficiais, a administração municipal classificou o crime como “bárbaro” e destacou que a violência não atinge apenas a vítima direta, mas toda a sociedade. “O crime bárbaro fere não apenas a vida de uma mulher, mas também de toda a nossa sociedade. A violência contra a mulher é inaceitável e precisa ser combatida com firmeza, compromisso e ações contínuas”, diz o texto.
A Prefeitura também expressou solidariedade aos familiares e amigos de Doralice, reforçando o compromisso com a promoção da justiça, da equidade e da segurança para todas as mulheres maracajuenses. “Não aceitaremos que atos de tamanha crueldade se tornem rotina”, destacou.
Além de lamentar a violência, a administração municipal parabenizou a atuação rápida da Polícia Militar e da Polícia Civil, que conseguiram localizar e prender o autor do crime em tempo recorde. “A agilidade e o profissionalismo das forças de segurança são fundamentais para que a justiça seja feita e para que crimes como este não fiquem impunes”, pontuou a Prefeitura.
O comunicado finaliza com um apelo por ações efetivas e contínuas de enfrentamento à violência de gênero. “Seguiremos firmes no enfrentamento à violência de gênero, fortalecendo as redes de apoio, promovendo políticas públicas efetivas e conscientizando a população. Que nenhuma mulher perca mais a vida por conta da violência”, concluiu.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Maracaju.
O Crime
Doralice da Silva, 42 anos, foi assassinada a facadas pelo companheiro de 31 anos dentro de casa, na noite de sexta-feira (20), em Maracaju. A filha da vítima encontrou Doralice caída e ensanguentada no quarto, já sem vida.
A Polícia Militar foi acionada por vizinhos, que relataram uma discussão por volta das 22h30 e ouviram gritos que cessaram após 30 minutos.
O suspeito fugiu do local empurrando uma carriola e ainda não foi localizado, apesar das buscas feitas em propriedades próximas.
Familiares relataram que o casal brigava com frequência, mas Doralice nunca havia registrado boletim de ocorrência nem pedido medida protetiva contra o companheiro. Havia, porém, uma medida protetiva vigente contra um ex-marido, com quem ela não mantinha contato há mais de um ano. A mãe do suspeito também teve medida protetiva contra ele, atualmente extinta.