Sabia que barulho excessivo é um fator de risco para o infarto? E poluição? Cidades muito poluídas também podem contribuir para que isto aconteça. Há ainda fatores de risco modificáveis, àqueles que podemos mudar. Sem contar que hoje a maior incidência de infartos é em mulheres.
Para reforçar ainda mais a importância de manter a saúde em dia, na próxima quarta-feira (29) é celebrado o Dia Mundial do Coração. Pensando nisso, o médico Délcio Gonçalves da Silva Junior, cardiologista de cooperativa medica de Campo Grande, esclareceu algumas informações a respeito da temática. Confira!
Quais são os fatores de risco que levam o paciente a ter um infarto?
– Tabagismo
– Ter uma alimentação rica em gordura (como fast food, o que, consequentemente, eleva os níveis de colesterol)
– Não praticar atividades físicas
– Obesidade
– Diabetes
– Hipertensão arterial
Os principais vilões são: nível de colesterol alto, pressão alta, tabagismo e diabetes. A vantagem é que eles são modificáveis, podemos mudar isso.
Novos fatores de risco
Boa parte das pessoas que moram em cidades poluídas são candidatos a infarto, assim como barulho excessivo tem sido considerado fator de risco por conta do estresse acentuado, além de doenças autoimunes, entre outros.
Mulheres
Tem aumentado o número de infartos em mulheres e, quanto a isso, tem muitas teorias. Uma, todos concordam, elas estão muito mais expostas ao estresse do que outros. Elas estão mais inseridas no mercado de trabalho, tem jornadas maiores do que antes e maiores do que os homens atualmente, acarretando um nível de estresse muito maior.
Elas têm também alterações hormonais, o que pode interferir, estão fumando mais, fazendo menos atividades físicas. Essa junção de fatores explica a maior incidência de infartos nelas.
Toda dor no peito é infarto?
Não, mas toda dor no peito pode ser infarto.
Há outras doenças que podem simular o infarto?
Sim. Muitas doenças causam dor na região do tórax, ou na parte superior do abdômen, ou até mesmo nas costas. São outras doenças, mas podem ser confundidas com infarto, por isso a importância de, qualquer sinal de mal estar, falta de ar, dor persistente por pelo menos cinco ou dez minutos, mesmo que não muito intensa, que a pessoa procure atendimento médico.
A dor clássica do infarto, aquela que devemos nos preocupar de fato e que deve rapidamente ser buscada assistência médica, é intensa, geralmente em peso, aperto ou queimação na região do tórax, podendo ou não irradiar para pescoço, mandíbula, costas e membros superiores. Essa dor pode vir também acompanhada de tontura, falta de ar, vômitos, suor frio, palidez ou desmaio. Porém, deve-se ressaltar que nem todo infarto se apresenta assim, principalmente nas pessoas de mais idade, mulheres e diabéticos.
A principal manifestação de infarto nas mulheres não é a dor, é a falta de ar. Mas claro, não é uma falta de ar simples, de ansiedade, suspiro, é uma falta de ar importante, aguda e de início imediato. Não é aos poucos.
Como buscar ajuda ao reconhecer que pode estar diante de um infarto?
É essencial buscar assistência médica em um ambiente hospitalar, e buscar de imediato, para que o diagnóstico seja feito o mais rápido possível. Não adianta levar o paciente para um consultório médico, porque lá não há os meios necessários.
Fonte: Ascom Unimed CG