O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou por procedimentos médicos neste domingo (14) no Hospital DF Star, em Brasília, onde retirou oito lesões de pele localizadas no tronco e no braço direito. Após a cirurgia, os médicos informaram que Bolsonaro apresenta anemia por deficiência de ferro e quadro recente de pneumonia por broncoaspiração.
Durante a internação, que durou cerca de seis horas, ele também foi submetido a exames laboratoriais e de imagem, além de receber reposição de ferro por via endovenosa. O procedimento foi realizado sob anestesia local e sedação, sem complicações.
As lesões retiradas são classificadas como neoplasias, que podem apresentar características benignas ou malignas. A equipe médica informou que os resultados da análise serão divulgados nos próximos dias, para definição do diagnóstico e avaliação da necessidade de tratamentos complementares.
Bolsonaro recebeu alta no mesmo dia e seguirá o tratamento de hipertensão arterial e refluxo gastroesofágico, além de medidas preventivas relacionadas à broncoaspiração.
Recepção e contexto político
A chegada de Bolsonaro ao hospital, por volta das 8h, foi acompanhada por apoiadores vestidos de verde e amarelo, que exibiam bandeiras dos Estados Unidos e de Israel. O ex-presidente, no entanto, não interagiu com o público. Ele esteve escoltado por um comboio da Polícia Federal e acompanhado do filho Jair Renan.
Bolsonaro permanece em prisão domiciliar desde 4 de agosto, após condenação a 27 anos e 3 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Para realizar o procedimento, ele obteve autorização do ministro Alexandre de Moraes, com a exigência de apresentar ao tribunal um atestado de comparecimento ao hospital em até 48 horas. Todos os veículos que deixaram sua residência foram vistoriados pela Justiça.
Em 16 de agosto, Bolsonaro já havia passado por exames no mesmo hospital, quando foi diagnosticado com refluxo, esofagite, gastrite e resquícios de infecções pulmonares.
Equipe médica
O atendimento foi conduzido pelo cirurgião Cláudio Birolini, responsável pelo procedimento, com acompanhamento do cardiologista Leandro Echenique, do diretor-médico Guilherme Meyer e do diretor-geral Allisson Barcelos Borges, todos integrantes do corpo clínico do Hospital DF Star.
