22.8 C
Campo Grande
sábado, 6 de setembro, 2025
spot_img

Bolsonaro segue em prisão domiciliar e enfrenta crises de soluço durante julgamento no STF

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) manteve-se em resguardo durante a primeira semana de seu julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), que apura a trama golpista de 8 de janeiro. Preso desde 4 de agosto em Brasília, ele cumpre prisão domiciliar e, segundo aliados, apresenta quadro de saúde debilitado.

Na última quarta-feira (3), a defesa informou que Bolsonaro enfrenta crises frequentes de soluço, além de refluxo e esofagite, condições que já haviam sido detectadas em exames feitos em agosto no hospital Copa D’Or, na capital federal. Na ocasião, um boletim médico apontou resquícios de duas infecções pulmonares recentes.

“Ele tem crises de soluço muito fortes, até aflitivos. A orientação médica é para que permaneça em casa, devido ao desgaste físico e emocional que seria enfrentar as sessões presencialmente”, afirmou o advogado Paulo Amador da Cunha Bueno.

Enquanto o ex-presidente acompanhava de casa o primeiro dia de julgamento, ao lado dos filhos Jair Renan e Carlos Bolsonaro, sua esposa Michelle esteve na sede do PL, em Brasília. Carlos, nas redes sociais, pediu “humanidade” diante da situação de saúde do pai e relatou que ele depende de medicamentos.

Visitas restritas e discreção política

O ministro Alexandre de Moraes autorizou apenas uma visita durante a semana: a do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), na segunda-feira (1º). Já na sexta (5), Bolsonaro solicitou permissão para receber Bruno Scheid, vice-presidente do PL em Rondônia.

Na semana passada, o vice-prefeito de São Paulo, Coronel Mello Araújo (PL), esteve com o ex-presidente e relatou que ele estava abatido e mais magro.

Segundo os advogados Celso Vilardi e Paulo Amador, Bolsonaro deve seguir afastado dos holofotes, sem comparecer às próximas sessões, que serão retomadas na terça-feira (9). O julgamento pode se estender até sexta-feira (12), quando está prevista a última audiência, às 14h.

As etapas ainda incluem a leitura dos votos dos ministros, que podem resultar em condenação ou absolvição, além de uma eventual fase de definição das penas.

Fale com a Redação