O governo brasileiro manifestou sua oposição ao bombardeio israelense contra o Irã ocorrido na noite de quinta-feira (12). Em nota oficial divulgada pelo Itamaraty, a ação foi classificada como violação da soberania iraniana e apontada como fator potencialmente desestabilizador para a região do Oriente Médio e para a economia global.
“Ataques dessa natureza ameaçam ampliar o conflito e comprometem a segurança internacional”, diz o comunicado. O Brasil convocou as partes envolvidas a adotarem postura de contenção e a interromperem imediatamente os confrontos.
A operação militar israelense, denominada “Leão Ascendente”, teve como alvo instalações relacionadas ao programa nuclear iraniano, incluindo áreas próximas a Teerã. As Forças de Defesa de Israel (IDF) confirmaram a investida, justificando a ofensiva como uma medida preventiva diante do avanço do programa atômico iraniano.
De acordo com Effie Defrin, porta-voz das IDF, os depósitos de urânio enriquecido acumulados pelo Irã seriam suficientes para a montagem de múltiplas ogivas nucleares em poucos dias. “Esse material nas mãos do regime iraniano representa risco direto para Israel e para a ordem internacional”, afirmou.
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu qualificou a operação como um “ponto de inflexão” e afirmou em pronunciamento que os ataques continuarão “pelo tempo necessário para neutralizar a ameaça”.
Na nota, o Itamaraty reafirmou o compromisso do Brasil com a solução pacífica de controvérsias e o respeito ao direito internacional, ressaltando que acompanha os desdobramentos por meio de canais diplomáticos.
