Briga entre cunhados termina com inocente morto a tiros e um esfaqueado

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Publicado em 24/10/2017 06h40

Briga entre cunhados termina com inocente morto a tiros e um esfaqueado

Um dos cunhados sofreu corte profundo na garganta e foi socorrido pelos Bombeiros

Da redação

Cunhados que tomavam bebida alcoólica em um tarde de lazer, numa esidência que fica Rua Janaina Chacha de Melo, no Caiobá, em Campo Grande, desentenderam-se e houve briga corporal. Um deles estava armado e deu uma facada no pescoço do outro. Houve também disparo de arma de fogo que atingiu Wellington Pontes Gonçalves, 35 anos, que morreu na hora.

Wellington foi atingido por pelo menos dois disparos feitos por Ademir Duran, de 49 anos, e que momentos antes já tinha esfaqueado o cunhado, Ataíde Ortiz Gavilan, de 48 anos, no pescoço.

Conforme as testemunhas, Ataíde e Ademir passaram a tarde na casa do autor, na rua Janaina Chacha de Melo, conversando e tomando bebidas alcoólicas. Porém, em dado momento, os dois começaram uma discussão, princípio de toda a tragédia.

Ademir sacou um revólver calibre 32 e, para se defender, Ataíde pegou uma faca na cozinha. A mulher de Ademir e irmão de Ataíde estava lavando roupa no momento e tentou intervir, mas acabou se ferindo, levemente, no dedo, e desistiu.

Ela voltou para dentro da casa fugiu pela janela dos fundos com o filho, já que a briga acontecia na única porta de saída da residência, na frente dela. A confusão entre os cunhados prosseguiu.

Ademir, mesmo com uma arma de fogo, desarmou Ataíde e acertou o cunhado no pescoço, cortando o local. Em seguida, ele deixou a faca e a vítima esgorjada na casa e saiu na rua, armado. E é aí que surge Wellington na história.

Wellington, que conhecia ambos, ouviu tiros e saiu de casa. Foi perguntar a Ademir o que tinha acontecido e se precisva de ajuda. Sem dar tempo de explicação, o homem com revólver calibre .32 atirou e a bala atingiu a nuca de Wellington, que morreu no meio da rua.

“O primeiro que passasse eu ia matar”, disse Ademir a policiais militares que o prenderam minutos depois do crime.

O socorro foi chamado, porém, Wellington já estava morto. Contudo, Ataíde ainda estava vivo, gravemente ferido, sendo necessário atendimento de viatura de atendimento avançado do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

Ataíde foi levado até a região do Aero Rancho pelos Bombeiros, que o transferiram para a viatura do Samu, que terminou de realizar os primeiros socorros e o levaram para a Santa Casa, onde ele permanece em estado grave.

Na arma utilizada por Ademir, apreendida pela polícia, foram verificados que cinco disparos foram feitos. Por ora, não há informação se o autor tinha autorização legal para portar o armamento e se já tinha passagens pela polícia.

Além disso, Ademir foi hostilizado sob gritos de “assassinado” pela população quando saía, preso, do local do crime. A PM o levou para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga.

O tenente Vinícius, do 1º Batalhão da PM de Campo Grande, ressaltou que a bebida alcoólica é recorrente em casos de violência. “O pior tipo de ocorrência que atendemos, com o envolvimento de muita violência, tem a bebida alcoólica, uma droga que é permitida”, pontuou o policial.

Wellington não tinha envolvimento com briga e morreu com um tiro - Foto: Aline Oliveira