O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), afirmou neste sábado (23) que há um pacto entre líderes da direita para manter candidaturas fragmentadas no primeiro turno da eleição presidencial de 2026, com o compromisso de apoiar o nome que avançar para o segundo turno.
A declaração foi feita durante entrevista coletiva no Festival de Barretos, no interior de São Paulo. Também participaram do evento os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo).
“Todos os governadores são experientes. Aquele que chega lá vai saber, com a competência que tem, botar ordem no Brasil. Não tenha dúvida disso”, disse Caiado, que é pré-candidato ao Planalto. Ele acrescentou que, embora cada um saia como candidato no primeiro turno, “no segundo turno está todo mundo junto, unido, para darmos rumo e devolvermos o Brasil para os brasileiros de bem”.
Em apoio à fala de Caiado, Tarcísio afirmou: “Eu tenho certeza que a direita tem excelentes nomes para o Brasil”. Zema, que também lançou pré-candidatura à Presidência, destacou que Bolsonaro apoia alguns candidatos da direita e reforçou a ideia de união no segundo turno.
Críticas de Eduardo Bolsonaro
A movimentação gerou críticas de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, reveladas em mensagens divulgadas pela Polícia Federal nesta semana. Em conversa com o pai, Eduardo afirmou que a narrativa de Tarcísio como sucessor de Bolsonaro está “muito forte” e que é preciso “segurar” a movimentação para “nos mantermos vivos aqui”.
O deputado também questionou que, caso o governador de São Paulo queira “acessar a Casa Branca, ele não conseguirá”, e ressaltou que Tarcísio “vai levar adiante suas bandeiras, inclusive demitindo secretárias ligadas ao PSOL”. Segundo Eduardo, o STF, tradicional aliado, “não será óbice” às propostas do candidato paulista.
O episódio evidencia a disputa interna entre nomes da direita, mesmo com líderes defendendo unidade para o segundo turno das eleições presidenciais de 2026.
