Com presença crescente em Campo Grande, o Johrei terá uma data alusiva para celebração e divulgação no calendário oficial de eventos do município. A proposta que trata do assunto será apreciada pelos vereadores durante a próxima sessão ordinária, na terça-feira (12).
A matéria instituí a data 15 de junho como Dia Municipal do Johrei, método de canalização da Energia Espiritual (Luz Divina). É um ato sagrado, uma oração para purificação do espírito, capaz de transformar a desarmonia espiritual e material em harmonia.
Atualmente, são mais de 509 templos espalhados pelo Brasil, com mais de dois milhões e meio de seguidores no país, e filiais em mais de 70 países. Em Campo Grande, a Igreja Messiânica está localizada na Avenida Afonso Pena, 3.698.
O Johrei
É uma prática espiritual originária do Japão com objetivo de purificar o espírito e promover a saúde física e emocional por meio da canalização da energia divina.
Criado pelo mestre Mokiti Okada (1882–1955), também conhecido como Meishu-Sama, o Johrei surgiu na década de 1930 como parte dos ensinamentos da Igreja Messiânica Mundial, fundada por ele.
A prática é transmitida através das mãos, direcionando a luz espiritual a outra pessoa para dissipar impurezas e restaurar o equilíbrio vital.
A chegada do Johrei ao Brasil ocorreu no início da década de 1950, quando missionários japoneses vieram ao país para difundir a fé messiânica.
O Brasil se tornou um terreno fértil para essa filosofia devido à grande comunidade nipo-brasileira e à receptividade dos brasileiros a práticas espirituais.
Hoje, há centros de Johrei em diversas cidades brasileiras, onde voluntários e praticantes oferecem atendimentos gratuitos e orientações sobre a filosofia de Meishu-Sama.
Os princípios estão ligados à crença de que a origem das doenças e dificuldades humanas está nas impurezas espirituais, e que, ao purificá-las, a pessoa alcança não apenas saúde física, mas também harmonia e prosperidade.
Além do Johrei em si, os seguidores valorizam a prática do cultivo natural da terra e a apreciação da beleza, considerados caminhos para aproximar o ser humano de Deus.
Diferente de religiões populares no Brasil, como o catolicismo, o espiritismo kardecista ou religiões afro-brasileiras, o Johrei não envolve culto a imagens, rituais com oferendas ou a invocação de espíritos.
Sua base é a transmissão silenciosa de energia e o estudo dos ensinamentos deixados por Meishu-Sama. Também não há proselitismo agressivo: a prática é oferecida gratuitamente e aberta a qualquer pessoa, independentemente de sua religião de origem.
Assim, o Johrei se apresenta não apenas como uma religião, mas como um método espiritual voltado à transformação interior, buscando criar um mundo mais saudável e pacífico por meio da luz e da purificação espiritual.
