O preço da cesta básica em Campo Grande subiu no mês de setembro, segundo apontou a pesquisa desenvolvida pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), divulgada nessa quarta-feira (08).
A alta foi de 1,55%, na comparação com o mês anterior (agosto), ficando no valor de R$ 780,67. No ranking nacional, a capital de Mato Grosso do Sul aparece na quinta colocação, ou seja, tem a quinta cesta básica mais cara do País. Na comparação com setembro de 2024, o valor acumulou elevação de 9,24%. Já ao longo de 2025, aumento de 1,34%.

Tempo de trabalho para comprar uma cesta
O estudo apontou também que, em setembro, o trabalhador campo-grandense precisou trabalhar 113 horas e 08 minutos para adquirir a cesta básica. Em agosto de 2025, o tempo de trabalho necessário havia sido de 111 horas e 25 minutos. Em setembro de 2024, quando o salário mínimo foi de R$ 1.412,00, o tempo de trabalho necessário ficou em 111 horas e 20 minutos.
Considerando o salário mínimo líquido, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, o trabalhador precisou comprometer, em setembro, 55,60% da renda para adquirir a cesta. Em agosto, esse percentual correspondeu a 54,75% da renda líquida e, em setembro de 2024, a 54,71%.
Maioria dos produtos ficou mais caro
No detalhamento dos preços, a pesquisa apontou que cinco dos 13 produtos que compõem a cesta tiveram diminuição nos mercados campo-grandenses, sendo estes a batata (-6,96%), arroz agulhinha (-4,75%), açúcar cristal (-4,00%), tomate (3,32%) e o feijão carioca (-1,04%).
Os outros oito itens apresentaram elevação: banana (8,84%), óleo de soja (4,46%), café em pó(4,32%), leite integral (2,48%), pão francês (1,62%), carne bovina de primeira (1,33%), manteiga (1,11%) e farinha de trigo (1,02%).
Ainda segundo a pesquisa, no acumulado dos últimos 12 meses, houve aumento nos preços de seis produtos: café em pó (69,71%), tomate (49,07%), óleo de soja (28,01%), carne bovina de primeira (26,04%), farinha de trigo (12,68%) e pão francês (7,53%). Já a redução foi registrada na batata (-50,54%), arroz agulhinha (-30,11%), banana (-10,12%), feijão carioca (-9,03%), manteiga (-2,40%) e leite integral (-0,81%).
No acumulado do ano, ou seja, entre dezembro de 2024 e setembro de 2025, seis produtos registraram alta: café em pó (47,82%), tomate (34,66%), farinha de trigo (7,44%), pão francês (4,98%), leite integral (2,66%) e banana (0,66%). Os alimentos com queda foram: batata (-37,06%), arroz agulhinha (-32,15%), feijão carioca (-8,40%), açúcar cristal (-7,02%), manteiga (-3,42%), óleo de soja (-1,19%) e carne bovina de primeira (-0,36%).