20.8 C
Campo Grande
quarta-feira, 30 de julho, 2025
spot_img

Carla Zambelli é presa na Itália após ser condenada pelo STF; extradição pode ser solicitada

A deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) foi presa nesta terça-feira (29) em Roma, na Itália. A informação foi confirmada pelo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. Condenada a dez anos de prisão em regime fechado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Zambelli estava foragida desde o início de junho, quando deixou o Brasil dias após o fim do julgamento.

Segundo a PF, a prisão foi realizada em cooperação com autoridades italianas e a Interpol, por meio da Adidância Policial da PF em Roma. Zambelli teve o nome incluído na lista de difusão vermelha da Interpol, mecanismo que alerta polícias internacionais sobre fugitivos procurados em seus países de origem.

A defesa da deputada afirma que ela se entregou voluntariamente, mas o diretor da PF nega essa versão. “Não houve entrega”, disse Rodrigues em entrevista ao portal R7.

Fontes próximas à investigação indicam que a prisão tem fins de extradição, uma vez que a Itália mantém acordo com o Brasil para esse tipo de procedimento. No entanto, como Zambelli possui cidadania italiana, ela poderá solicitar autorização para permanecer no país europeu, o que poderia permitir que respondesse ao processo de extradição em liberdade.

A prisão da parlamentar ocorre após o STF decretar o trânsito em julgado do processo, encerrando a possibilidade de novos recursos. A ordem de extradição foi expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso.

Antes de chegar à Itália, Zambelli esteve nos Estados Unidos e, em vídeos publicados por meio de contas alternativas, continuou criticando o STF e afirmando lutar pela liberdade de expressão. A deputada alegou que deixou o Brasil por questões de saúde.

O eurodeputado italiano Angelo Bonelli afirmou, por meio das redes sociais, que forneceu o endereço onde Zambelli estava à polícia. “Ela está em um apartamento, em Roma. Forneci o endereço à polícia, neste momento está sendo identificada”, escreveu.

Agora, caberá à Justiça italiana decidir sobre o pedido de extradição, respeitando os tratados internacionais e a legislação do país europeu.

Fale com a Redação