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Casa Branca volta atrás e informa que imigrantes legais não serão afetados por veto de Donald Trump

29/01/2017 17h57

Casa Branca volta atrás e informa que imigrantes legais não serão afetados por veto de Donald Trump

Governo havia dito que estrangeiros de 7 países não poderiam entrar, mesmo com green card

O chefe de estado da Casa Branca, Reince Priebus informou que estrangeiros com green card e residência permanente nos EUA não serão impedidos de entrar no país, contrariando a restrição imposta pelo presidente americano Donald Trump, segundo informou o jornal The New York Times.

No sábado (28), um funcionário do governo havia informado que o veto para refugiados e imigrantes também afetaria estrangeiros legais. Estrangeiros da Síria e de outros seis países de maioria muçulmana — Irã, Líbia, Somália, Sudão, Iraque e Iêmen seriam proibidos de entrar nos EUA, mesmo com green card. Neste domingo (29), a Casa Branca voltou atrás. No entanto, Priebus informou que os agentes de fronteiras terão autoridade para deter e questionar “viajantes suspeitos” de alguns países.

Donald Trump assinou na sexta-feira (27) um decreto que limitará a imigração e os refugiados de alguns países de maioria muçulmana e disse separadamente que quer que os EUA deem prioridade aos sírios cristãos que fogem da guerra civil. Está suspenso por 90 dias a emissão de vistos para cidadãos do Irã, Síria, Sudão, Líbia, Somália, Iraque e Iêmen.

Trump havia prometido as medidas, chamadas de “seleção extrema”, durante a campanha eleitoral do ano passado, dizendo que impediriam que militantes entrassem nos Estados Unidos do exterior. Mas grupos de direitos civis condenaram o decreto como prejudicial e discriminatório.

Prisões

Os primeiros refugiados que voavam para o país no momento da assinatura do documento foram presos ainda na noite de sexta-feira e na manhã deste sábado em aeroportos americanos.

Dois iraquianos foram detidos no aeroporto internacional JFK, em Nova York. Eles estavam em voos separados. Nesta manhã, os advogados deles já entraram com habeas corpus na Justiça local a fim de conseguir a liberação de seus clientes. As informações são do jornal New York Times.

Ao mesmo tempo, a defesa dos cidadãos do Iraque entrou com uma moção em um esforço de representar todos os refugiados e imigrantes que eles classificam como presos ilegais nos portos de entrada nos Estados Unidos.

Os advogados dos refugiados disseram que um deles, Hameed Khalid Darweesh, trabalhou para o governo do Estados Unidos no Iraque por 10 anos. O outro, diz a defesa, é Haider Sameer Abdulkhaleq Alshawi que estava viajando aos Estados unidos para se encontrar com a mulher, que é contratada de uma empresa americana e tem um filho pequeno.

A ordem de Trump veta a entrada de refugiados pelos próximos 120 dias criou um “limbo legal” para pessoas que estão viajando para os Estados Unidos e pânico para as famílias que estão esperando pela chegada deles.

R7

Trump assinou decreto que limitará a imigração e os refugiados
Carlos Barria/27.01.2017/Reuters

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