Prévia do IPC-Fipe mostra que inflação natalina desacelerou; peru, azeitona e bombom lideram aumentos, enquanto azeite registra queda de 23%
Os produtos tradicionais da ceia de Natal ficaram, em média, 4,53% mais caros neste fim de ano, segundo a prévia da cesta natalina do IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor). Apesar da alta, o índice representa a menor variação desde 2019, quando o aumento foi de 3,19%. No ano passado, a inflação natalina havia sido mais que o dobro: 9,16%.
A pesquisa compara os preços da segunda quadrissemana de dezembro de 2024 com a segunda quadrissemana de novembro de 2025. O valor médio da cesta completa ficou em R$ 453,06.
Peru puxa alta; azeite de oliva é a única queda
Quase todos os 15 itens analisados ficaram mais caros — com exceção do azeite de oliva, que apresentou queda expressiva de 23,06%, ajudando a frear a inflação da cesta.
Entre as maiores altas estão:
- Peru: +13,62%
- Azeitona: +12,53%
- Caixa de bombom: +10,81%
Itens típicos da época, mas fora da cesta principal, também tiveram reajustes relevantes. O chester subiu 13,85%, e o filé mignon, 9,70%. Já alguns produtos tiveram redução: o pêssego de feira caiu 6,85%, e o sorvete, 6,99%.
Sugestão para economizar: antecipar as compras
Segundo Guilherme Moreira, coordenador do IPC-Fipe, os alimentos mais tradicionais da ceia — como peru, pernil, lombo e chester — tendem a sofrer variações mais fortes quando o Natal se aproxima. “O estudo reforça a importância do planejamento antecipado para economizar nas festas de fim de ano”, destaca Moreira.
O que compõe a cesta de Natal
A Fipe analisou 15 itens típicos das cestas prontas de fim de ano. Entre eles:
- Peru
- Lombo de porco
- Atum sólido
- Macarrão espaguete
- Caixa de bombom
- Panetone com frutas cristalizadas
- Vinho tinto
- Champanhe
- Sucos de laranja e morango
- Molho de tomate
- Azeitona verde com caroço
- Palmito
- Queijo ralado
- Azeite de oliva extra virgem
Outros 11 itens sazonais foram avaliados separadamente.
A Fipe afirma que, mesmo com inflação menor em relação aos últimos anos, o consumidor deve planejar as compras e comparar preços.

