O valor da cesta básica aumentou em 5,77% no mês de outubro, em Campo Grande, segundo tomada de preço do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A Capital ficou em terceiro lugar entre as 17 capitais pesquisadas, perdendo apenas para Brasília e São Paulo.
Brasília apresentou a maior alta no mês passado, 4,97%. Em São Paulo, os preços subiram 5,77%. Campo Grande teve alta de 5,54% e já soma um acumulado de 27,08 nos últimos 12 meses. Neste ano teve um aumento de 15,56%.

Em reais, o conjunto de alimentos que compõe a cesta aumentou R$ 27,32, passando de R$ 492,80 em setembro, para R$ 520,12 em outubro.
Pelo terceiro mês consecutivo, o óleo de soja foi o item que teve maior variação, de 20,75%, com preço médio de 6,74%. Outros itens em alta, na comparação com o mês de Setembro: arroz (18,91%), tomate (18,67%), carne bovina (8,28%), batata (7,78%), manteiga (2,48%), café em pó (2,44%), pão francês (2,07%), banana (1,31%).
A redução mais expressiva foi observada no preço do leite integral (-2,67%), sendo de R$ 4,76 o preço médio de um litro do alimento. Outros produtos que registraram redução de preços em relação a Setembro: feijão carioquinha (-2,16%) e farinha de trigo (-0,65%).
Nas capitais pesquisadas
O valor do óleo de soja apresentou aumento nas 17 capitais, com destaque para Brasília (47,82%), João Pessoa (21,45%), Campo Grande (20,75%) e Porto Alegre (20,22%). O alto volume de exportação, a baixa oferta interna devido à entressafra e
a elevação do preço do grão no mercado internacional explicam o contínuo aumento de valor do óleo nas prateleiras dos mercados.
O preço médio do arroz agulhinha registrou alta em todas as capitais, com variações entre 0,39%, em Aracaju, e 37,05%, em Brasília. O aumento do preço do grão se deveu à maior demanda por parte das indústrias dos estados do Rio de Janeiro, de
Minas Gerais e São Paulo, ao aumento das cotações no mercado internacional e às exportações do grão. Mesmo que haja maior oferta, propiciada pelas importações, o câmbio desvalorizado deve manter elevado o valor do arroz comercializado.
Em 16 capitais, o preço médio da carne bovina de primeira registrou alta: variou de 0,50%, em Curitiba, a 11,50%, em Brasília. A queda foi registrada em Florianópolis (-10,84%). A baixa disponibilidade de animais para abate no campo e a demanda externa elevada resultaram em aumentos de preço.
A batata, pesquisada no Centro-Sul, teve o valor aumentado em nove das 10 cidades. As altas oscilaram entre 7,78%, em Campo Grande, e 38,67%, em Goiânia. A retração foi registrada em Curitiba (-6,67%). A oferta reduzida, devido ao fim da colheita de inverno, elevou os preços do tubérculo.
De setembro para outubro, o valor do tomate subiu em 13 cidades e variou de 1,48%, em Belém, a 47,52%, em Brasília. As quedas aconteceram em Salvador (-6,21%), Curitiba (-5,18%), Vitória (-1,36%) e Recife (-1,14%). A baixa oferta do fruto de
qualidade elevou o preço no varejo.