A colheita do milho da segunda safra em Mato Grosso do Sul atingiu 99,6% da área cultivada até 19 de setembro, segundo levantamento da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul). Apesar de um atraso de uma semana em relação a 2024, causado por condições climáticas adversas, o Estado caminha para consolidar uma safra recorde.
O volume esperado é de 14,226 milhões de toneladas, com produtividade média de 112,7 sacas por hectare, representando um aumento de 68,2% em relação à safra anterior. O desempenho foi beneficiado pelas chuvas de abril, mas sofreu perdas localizadas devido a geadas em junho, ventanias em julho e estiagem em agosto. Até o momento, foram colhidos 2,094 milhões de hectares, equivalentes a 46% da área ocupada pela soja. Historicamente, a cultura do milho chegou a ocupar até 75% da área da oleaginosa.
No mercado interno, o preço médio da saca de milho de 60 quilos foi de R$ 50,88 em 22 de setembro, apresentando variação semanal de 0,12%. Entre os municípios, Maracaju registrou alta de 1,96%, enquanto Sonora e Ponta Porã tiveram quedas de 1,96% e 1,89%, respectivamente. Comparado ao mesmo período do ano passado, o valor médio ficou 1,36% acima.
Enquanto a colheita do milho se aproxima do fim, o plantio da soja da safra 2025/2026 começou de forma lenta. Até 19 de setembro, apenas 0,2% da área prevista havia sido semeada, totalizando 9,59 mil hectares — índice 1,4 ponto percentual inferior ao registrado no mesmo período de 2024. A expectativa é que Mato Grosso do Sul plante 4,794 milhões de hectares de soja, com produtividade média de 52,8 sacas por hectare, representando aumento de 5,9% na área e crescimento de 2% na média por hectare. O plantio deve se concentrar entre outubro e novembro, período em que 83% da semeadura foi realizada nos últimos cinco anos.
No mercado, o preço médio da soja era de R$ 126 por saca em 19 de setembro, com queda semanal de 0,20%. Ponta Porã registrou a maior desvalorização, de 2,33%, enquanto Chapadão do Sul e Dourados também apresentaram quedas. Na comparação anual, a soja recuou 5,2%, ante R$ 133,56 no mesmo período de 2024. No mercado externo, o indicador Cepea/Esalq Paranaguá fechou em R$ 137,17 por saca em 22 de setembro, representando recuo de 2,49% em relação à semana anterior, mas 2,48% acima do mesmo período de 2024. Na Bolsa de Chicago, os contratos futuros para novembro de 2025 caíram 2,98%, cotados a US$ 10,11 por bushel.