A família de um dos traficantes mais procurados do Rio de Janeiro, Álvaro Malaquias Santa Rosa, o “Peixão”, foi presa enquanto fugia para a Bolívia na rodovia federal BR-262, em Campo Grande. Considerado de alta periculosidade, ele é o atual chefe da facção criminosa TCP (Terceiro Comando Puro).
O flagrante foi da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na segunda-feira (08), mas somente hoje (09) as informações foram divulgadas à imprensa. Foram presos a esposa, os três filhos do casal e também um sobrinho.
A localização da família partiu do setor de inteligência da Polícia Civil do Rio de Janeiro, que cogitou a possibilidade de Peixão estar com o grupo. Dois veículos foram abordados pela PRF na região de Campo Grande.
Os dois motoristas responsáveis detalharam terem sido contratados para uma viagem, tendo ido de avião até o Rio de Janeiro no final de semana, de onde seguiram com a família de carro até Corumbá.
Na vistoria, foram encontradas joias personalizadas com referências ao Peixão, bem como relógios e outros objetos de valor. Questionado, o sobrinho afirmou ser o dono de todo o material apreendido.
Ele e a esposa de Peixão foram presos por suspeita de lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, direitos, valores e promoção, constituição, financiamento ou integração, pessoalmente ou por interposta pessoa, de organização criminosa.
Entretanto, após prestarem depoimento na sede da Superintendência Regional da Polícia Federal de Mato Grosso do Sul, os dois foram liberados para seguir a viagem com o restante da família.
Peixão acumula mais de 70 anotações criminais, tem o perfil violento e denominou o “Complexo de Israel”, como são conhecidas as comunidades Vigário Geral, Parada de Lucas, Cidade Alta, Pica-Pau e Cinco Bocas.
Segundo a investigação, o traficante marca o território com bandeiras de Israel, além de pichar frases bíblicas nos muros. Ele tem outro apelido de Mano Arão, em referência ao irmão do profeta Moisés, libertador do povo de Israel da escravidão do Egito.
