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terça-feira, 19 de março, 2024
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Com o apoio da Agetran, campanha contra o Tráfico de Pessoas será intensificada

Dia 30 de julho é o dia Mundial de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas

O dia 30 de julho é o dia Mundial de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e a Prefeitura de Dourados, através da AGETRAN (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), está apoiando a campanha nacional Coração Azul.

Segundo a diretora da AGETRAN Mariana de Souza Neto, a campanha fala do amor e o cuidado que temos que ter com as vítimas. “Não podemos deixar de apoiar a campanha já que estamos próximo da fronteira com o Paraguai que é uma das rotas do tráfico de pessoas. Precisamos mostrar e informar para a população o quão real e grave é a situação”, disse.

O apoio do município para a campanha é de suma importância, pois contará com um olhar a mais da Agencia Municipal de Transporte e Trânsito para essa questão, que é um crime que acontece no mundo todo.

Em Mato Grosso do Sul, no ano de 2008, foi criado o CETRAP/MS- Comitê de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, que é um órgão colegiado público com a participação de organizações de diferentes esferas governamentais e não governamentais envolvidas no enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, na prevenção e promoção de direitos humanos, tendo por objetivo o aperfeiçoamento dos mecanismos de prevenção e combate a este crime e buscando realizar ações de mobilização e sensibilização envolvendo toda a sociedade para discussão dessa temática.

CAMPANHA CORAÇÃO AZUL

O dia 30 de julho foi instituído pelas ONU (Organização das Nações Unidas) como o Dia Mundial contra o Tráfico de Pessoas, e desde de 2013 a data é divulgada com a campanha “Coração Azul” na versão brasileira.

Segundo dados da OIT (Organização Internacional do Trabalho), quase 1 milhão de pessoas são traficadas anualmente ao redor do mundo para exploração sexual, 98% das vítimas são mulheres. Essa é uma das atividades criminosas mais lucrativas, estimativas apontam que o tráfico movimenta US$ 32 bilhões por ano.

O “Coração azul” é uma campanha internacional do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC), que busca conscientizar sobre o problema e inspirar aqueles que detêm poder de decisão a promover as mudanças necessárias para acabar com esse crime.

O UNODC é O guardião da Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional (UNTOC) e dos Protocolos que a integram, o UNODC assiste os Estados membros em seus esforços para implementar o Protocolo relativo à Prevenção, Repressão e Punição do Tráfico de Pessoas.

O Coração Azul

O Coração Azul foi escolhido como o símbolo da campanha por representar a tristeza das vítimas do tráfico de pessoas e lembrar a insensibilidade de quem compra e vende outro ser humano. O uso da cor azul das Nações Unidas também demonstra o compromisso da Organização com a luta contra esse crime que atenta contra a dignidade humana.

Como participar da campanha?

É possível participar e apoiar virtualmente a campanha pelo Twitter, Facebook e saber mais sobre o tráfico de pessoas acessando vídeos no YouTube. Ao seguir o Coração Azul no Facebook você poderá mudar sua foto do perfil e ajudar a divulgar a campanha.

Tráfico de pessoas no Brasil

O tráfico interno no Brasil relacionado ao trabalho escravo apresenta uma situação grave, dados da OIT estimam que haja cerca de 40 mil brasileiros realizando trabalhos forçados. São pessoas levadas da zona urbana para trabalhos no campo.

E o nosso país também é receptor de vítimas de tráfico, nesse caso a maioria fica presa nas grandes cidades, como São Paulo, onde são exploradas em oficinas de costuras, trabalhando até 15 horas diárias e morando no mesmo local.

Ainda conforme dados do Relatório Nacional sobre Tráfico de Pessoas do Ministério da Justiça, entre 2005 e 2011, no Brasil foram registrados 1.505 casos de tráfico humano. Porém não são números concretos, pois este é um crime silencioso, e nem sempre descoberto.

Crimes cometidos no tráfico de seres humanos

Durante o processo de tráfico de pessoas, os criminosos cometem uma série de crimes, não só sequestro e exploração.

São eles: homicídio; estupro; atentado violento ao pudor; lenocínio; tortura (psicológica e física); sequestro; sequestro com cárcere privado; corrupção (passiva, concussão, corrupção ativa); formação de quadrilha; lavagem de dinheiro; falsificação, furto ou roubo de documentos; sonegação fiscal; estelionato; frustração de direitos trabalhistas; trabalho escravo ou forçado; redução a condição análoga à de escravo; lesões corporais e maus-tratos.

Como denunciar?

As denúncias podem ser feitas pelo Disque 100 (Para Denunciar Violações de Direitos Humanos) e ou 180 (Central de Atendimento à Mulher).

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