O dia das crianças já tinha passado quando o pequeno João Guilherme Morales dos Santos, de 7 anos, recebeu o maior presente de sua vida. Trata-se da doação de um rim, tão pedido pelos seus familiares e ele próprio nas orações.

Ele nasceu no Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD). Durante a gestação, os exames já indicavam alterações renais, mas, após o nascimento, os primeiros diagnósticos não identificaram problemas.
Com dois meses, precisou ser internado na UTI, diagnosticado com válvula de uretra posterior, uma obstrução que dificultava a passagem normal da urina e acabou comprometendo seus rins, bexiga e vias urinárias.
Aos três meses passou por cirurgia de correção, mas sem melhora significativa. A partir daí, iniciou tratamento contínuo: primeiro com medicamentos, depois com diálise peritoneal e, por fim, hemodiálise.
O acompanhamento especializado aconteceu no Humap. “Além de ótimos médicos, há enfermeiras maravilhosas que cuidaram não só dos pacientes, mas também dos acompanhantes”, destacou a mãe Gilmara Machado.
O transplante

O transplante seria realizado em Belo Horizonte (MG). A mãe não conseguiu acompanhá-lo por estar na fase final da gestação. A avó Sirlene Morales embarcou com o neto. A graça alcançada teve momentos de drama, primeiro com o voo até Guarulhos (SP) atrasando.
Em seguida, o segundo voo, com destino até Minas Gerais, saído antes da chegada dos dois no aeroporto paulista. Em um transplante de órgão, a velocidade é sempre essencial. Com muita fé depositada, os dois conseguiram outro avião até o destino.
O transplante foi realizado no dia 22 de outubro, por volta das 20h, considerado um sucesso. Atualmente, João se recupera bem, com o novo rim funcionando adequadamente e em bom estado geral de saúde.
“Lutamos anos por esse momento. Foram longas horas de ansiedade até termos a certeza de que a cirurgia e o rim novo estavam bem”, contou Gilmara, após a realização da cirurgia e a confirmação de que tinha dado tudo certo.











