Reunião realizada na noite de ontem (17) debateu a segurança pública na região do centro de Campo Grande. Entre as principais reivindicações estão a falta de policiamento, aumento nos furtos e na presença constante de andarilhos e usuários de entorpecentes.
O evento, chamado de ‘SOS Centro’ foi organizado pela ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande) e mobilizou cerca de 200 pessoas, entre comerciantes e moradores da região, além de representantes da Polícia Militar e da Prefeitura.
A PM indicou que são cerca de 2,5 mil pessoas em situação de rua perambulam o centrão. “Nós não podemos simplesmente tirar essas pessoas das praças, porque elas têm direito de ir e vir”, explicou o comandante do policiamento metropolitano, coronel Emerson Almeida.
Ainda em sua fala, ele reclamou da existência de imóveis abandonados. “O problema é que muitos desses prédios abandonados se tornam ponto de tráfico e consumo de drogas, e isso afeta diretamente o comércio”, completou o coronel.
Gleice Mirari, que administra três condomínios no centro, disse estar cansada dos furtos. “Todo dia é furto, é loja arrombada, gente usando droga na porta dos comércios. A situação ficou insustentável”, reclamou.
Presente no evento, o secretário de Infraestrutura, Marcelo Miglioli, disse que o problema é nacional e alertou para um possível colapso urbano. “Se não tivermos uma mobilização conjunta, podemos perder o controle das nossas cidades”, afirmou.
O representante da Prefeitura completou a fala dizendo que o Município precisa de ajuda. “Não adianta só cobrar. O poder público não dá conta sozinho. Precisamos de uma solução que envolva toda a sociedade, empresários e governo”, finalizou.
O delegado Danilo Mansur, titular da 1ª Delegacia de Polícia Civil, prometeu reforçar o policiamento na região. “A partir de amanhã [hoje] vamos ter mais presença da Polícia Civil no Centro. Isso é um compromisso”, afirmou.
Além dos problemas relacionados a falta de segurança, outros pontos foram debatidos, em especial a falta de estacionamento. Os participantes do evento sugeriram a criação de uma comissão permanente para acompanhar os problemas do Centro.
*Com informações, fotos e entrevistas extraídas do site Campo Grande News