A música popular brasileira amanheceu de luto neste domingo (23). Isso porque na noite passada (22) o compositor Luiz Galvão morreu em São Paulo, exatamente no mesmo dia em que completou 87 anos. O óbito foi confirmado pela família, porém, a causa ainda não foi revelada.
De acordo com a imprensa paulista, Luiz foi internado no dia 16 na Santa Casa de Misericórdia com suspeita de hemorragia gastrointestinal e dois dias depois foi transferido ao Instituto do Coração.
Nos últimos anos, o músico sofreu vários problemas de saúde como um acidente vascular cerebral e um infarto, o que levou a família e amigos a se juntar para fazer campanhas de financiamento para o tratamento de saúde.
Não há informações sobre o velório e sepultamento de Galvão.
Carreira
/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2015/07/13/100_8893.jpg "Compositor Luiz Galvão, fundador dos Novos Baianos, morre aos 87 anos")
Luiz Galvão nasceu em Juazeiro (BA) em 22 de outubro de 1937. Engenheiro agrônomo de formação, ficou conhecido mesmo como compositor dos sucesso como “Acabou chorare”, “Preta Pretinha”, “Besta é tu”, entre outros, todos eternizados pelo grupo Novos Baianos.
A banda foi fundada pelo próprio Luiz Galvão, ao lado de Moraes Moreira, em 1968, e que contou ainda com os integrantes Pepeu Gomes, Baby Consuelo, Paulinho Boca de Cantor, entre outros.
Com o grupo, lançou o álbum “Acabou chorare”, que juntava samba, rock, bossa nova, frevo, choro e baião e que foi eleito pela revista Rolling Stone como o melhor da história da música brasileira, em outubro de 2007.
No total, foram oito discos de estúdio. Há ainda dois álbuns ao vivo, de reuniões do grupo, um de 1997 e outro de 2017. Na carreira solo, lançou o disco ‘Galvão, A Palavra dos Novos Baianos’.
Galvão é ainda autor dos livros: “Novos Baianos: A história do grupo que mudou a MPB”; “João Gilberto: a bossa” e “Anos 80: A história de uma amizade na década perdida”.
