Norma, que faz parte do novo pacote de Trump, vai cobrar US$ 250 para estrangeiros que tiverem o visto aprovado
Em meio à nova onda de tarifas impostas pelo presidente Donald Trump, o Congresso dos Estados Unidos aprovou uma taxa adicional de US$ 250 (cerca de R$ 1,4 mil) para estrangeiros que solicitarem vistos para entrar no país. A cobrança atinge diferentes categorias, como turistas, estudantes e futuros residentes, e faz parte da nova legislação batizada de “One Big Beautiful Bill Act”, que cria o “Visa Integrity Fee”.
Com a medida, o custo total para emissão de um visto de turismo (categoria B1/B2) — que hoje custa US$ 185 (aproximadamente R$ 1.030) — passará a US$ 459 (cerca de R$ 2.500), somando ainda os US$ 24 cobrados pelo formulário de registro.
Apesar do aumento expressivo, a lei prevê a possibilidade de reembolso do valor adicional de US$ 250, desde que o solicitante cumpra todos os requisitos durante sua permanência nos Estados Unidos. Entre as exigências estão: não aceitar trabalho não autorizado, não exceder o período permitido de estadia e não obter autorização de residência legal sem os devidos trâmites.
A nova taxa será aplicada somente aos vistos que forem aprovados, segundo o texto aprovado pelo Congresso. A regra ainda não tem data exata para entrar em vigor, mas está prevista para começar a valer no ano fiscal de 2026, que se inicia em outubro de 2025.
A decisão gerou reações no cenário internacional. A União Europeia já declarou que pode adotar “contramedidas proporcionais” em resposta ao tarifaço anunciado por Trump, o que inclui, além da questão dos vistos, a elevação de tarifas sobre produtos estrangeiros — incluindo brasileiros.
A medida pode impactar diretamente o fluxo de brasileiros para os Estados Unidos, especialmente estudantes e turistas. Segundo especialistas, a alta no custo do visto pode desestimular viagens e afetar setores como o de intercâmbio, turismo e negócios.
Enquanto isso, o governo brasileiro estuda alternativas diplomáticas, incluindo o uso da Lei da Reciprocidade, que permite ao país adotar medidas semelhantes contra nações que dificultem a entrada de cidadãos brasileiros.