14/12/2016 17h00
Conscientização da população contra o mosquito ainda é pequena, segundo CCZ
Ddos News
A conscientização para combater a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, transmissor das doenças dengue, zika e chikungunya ainda é pequena. A população só se atenta durante o período quando há grande número de notificação de doenças registradas no município, segundo relatos do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) de Dourados.
Neste ano o período de chuvas entre os meses de outubro e novembro foram pequenos em comparação ao ano anterior, o que deixa a população ‘tranquila’ em cuidar em relação ao acumulo de água.
“A conscientização é de média a longo prazo e a cada ano notamos uma melhora de acordo com o os trabalhos realizados. Mas infelizmente as pessoas só se atentam quando há um número elevado de casos das doenças. Nesse momento aumenta as denúncias de terrenos cobertos de matos, locais com lixo acumulado e as pessoas até ligam para que os agentes de endemias vistoriem suas casas”, comentou Rosana Alexandre da Silva, bióloga do CCZ.
Dados do Centro mostram que neste ano já foram notificados 5.016 pessoas e 3.655 desses casos foram positivos para dengue, 13 aguardam resultado e 1.428 deram negativo. Já as multas aplicadas pela falta de cuidado, foram 1.554 administradas em 2016. No mesmo período de 2015 foram registrados 6.145 casos contra 1.981 multas.
Zika somam 51 notificações pela doença, com 16 positivo, aguardando resultado somam sete e 18 deles foram negativos.
Já a chikungunya são 26 notificações dentre elas oito estão aguardando o resultado de exames contra 18 negativos. Porém, dentre os números de Zika e chikungunya somam também casos de pacientes de outros municípios, que foram diagnosticados com sintomas da doença em Dourados.
Sobre os locais em que podem ser considerados como os com mais focos do mosquito encontrado, Rosana conta que está ‘geral’ sendo desde a periferia até a bairros nobres da cidade.
Ela citou ainda sobre uma piscina localizada em uma residência na rua Monte Alegre, na região central da cidade que abrigava larvas do mosquito.
“São todos os bairros, desde a periferia até a área nobre da cidade. Uma piscina na região central que havia larvas e todas positivas para o mosquito e que poderia contaminar toda cidade. Então cada local abriga o mosquito de uma forma, em lixo acumulado, calhas, plantas ornamentais, jardins entre outros”, explicou a bióloga.
Já os trabalhos realizados para o combater a proliferação do mosquito, a bióloga conta que ainda é a trabalho feito pelos agentes de endemias em visitar as casas, trabalhos de conscientização e a lei da Febre Amarela, Dengue, Zika, Chikungunya que prevê multa obrigações e penalidades nas categorias de imóveis residenciais, terrenos baldios, comerciais e industriais em geral que tem auxiliado.
“Desde o início do ano vem sendo realizados os mutirões em bairros, com mais visitações domiciliares de agentes de endemias, trabalhos para conscientização da população em geral e também a administração da lei com multa, pois infelizmente muitos só se conscientizam quando mexe no bolso”, comentou Rosana.
Notificações no estado e óbitos por dengue
Neste ano em Mato Grosso do Sul, segundo dados da SES (Secretária de Estado de Saúde) divulgados no dia 07 de dezembro, foram notificados 58.910 casos de dengue, já os óbitos somam 19 em oito municípios.
Coxim, Porto Murtinho, Tacuru, Vicentina e Maracaju com um cada. Dourados, Campo Grande tiveram três vítimas e Ponta Porã com oito.












