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terça-feira, 11 de novembro, 2025
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Após operação da PF, conselheiro Iran Coelho renuncia à presidência do TCE

O presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE-MS), conselheiro Iran Coelho, renunciou ao cargo nesta segunda-feira (12), quatro dias depois de ser alvo da Operação Terceirização de Ouro, da Polícia Federal, e que culminou no afastamento de outros dois membros da Casa, Waldir Neves e Ronaldo Chadid, além do próprio Iran Coelho.

O pedido de renuncia da presidência do órgão consta em um ofício enviado ao presidente interino da corte, conselheiro Jerson Domingos. De acordo com a informação, no texto, Iran Coelho reforça que não tem a intenção de concorrer a nova reeleição, cuja votação acontece nesta sexta-feira (16). O prazo para montar as chapas expira na quarta-feira (14).

Os conselheiros, além de terem sido afastados das funções, também foram obrigados pela Justiça ao uso da tornozeleira eletrônica, entretanto, nenhum deles ainda instalou o equipamento. Os três não podem entrar mais na sede do TCE e nem mesmo ter qualquer tipo de contato com os servidores e outros conselheiros da casa.

O TCE não terá sessões virtuais até o dia 15 deste mês, conforme decisão publicada em edição extra do Diário Oficial da Corte Fiscal também desta segunda-feira. O orgão é investigado por corrupção, sendo que uma empresa foi contratada por R$ 21,5 milhões, em 2018 com vigência até janeiro de 2023, mas que recebeu R$ 102.153.449,61 de dezembro de 2018 a março deste ano.

A empresa deveria fornecer mão de obra e também dois softwares, sendo que um deles nem sequer foi usado. A PF e a Receita Federal relataram que houve celeridade incomum para a abertura do procedimento, bem como na aceitação dos termos, além de que, após a abertura, “a empresa Dataeasy apresentou sua proposta em tempo muito exíguo, em aproximadamente três horas após o envio do e-mail pelo TCE-MS, o que parece algo razoavelmente inviável”.

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